Desafio da equidade é trazer as bases para o protagonismo das organizações

“Já temos pesquisas e diagnósticos apresentando a realidade da nossa sociedade e do mercado de trabalho quanto a exclusão de raça, gênero, idade e classe. O que precisamos agora é de ações que tragam as bases para o protagonismo das entidades, dos movimentos. Temos que usar nossos espaços para ampliar as vozes”. A fala da Coordenadora do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Distrito Federal (Arquitetos-DF), Luciana Jobim, resumiu a mesa de Políticas de Equidade, Diversidade e Combate ao Assédio do 46º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA). O encontro ainda trouxe ao debate o papel das entidades enquanto palco de pautas que gerem mudanças presentes e futuras, vindas e sugeridas pelas comunidades vulneráveis.

Responsável pela Comissão Temporária de Políticas Afirmativas do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU Brasil), Camila Leal, relatou o trabalho por trás da mobilização coletiva dentro do CAU, não só por abrir espaços de fala, mas também pela valorização da categoria. “Todas essas comissões têm como objetivo mexer na estrutura das entidades. A ideia é pensar no coletivo e incluir diferentes realidades nos nossos espaços de discussão. Não é possível pensar em valorizar a profissão do arquiteto sem ouvir as questões trazidas por quem mais sofre com nossa realidade misógina e excludente”.

A presidente recém eleita, e que tomará posse da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) em janeiro, Andréa dos Santos, destacou que o papel das entidades nessa discussão também é educar as categorias. “Disseminar as políticas afirmativas é eliminar as desigualdades historicamente acumuladas e garantir a igualdade de oportunidades e compensar as perdas provocadas pela discriminação e marginalização”.

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