Para homenagear os profissionais reconhecidos com o 10º Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano – 2015, a FNA produziu um vídeo que retrata as experiências e área de atuação de cada um. Por meio de fotos e informações, a apresentação mostra a importância social dos projetos conduzidos pelos arquitetos e urbanistas premiados.
Assista o vídeo e conheça um pouco a trajetória de destaque dos seis profissionais agraciados com esta tradicional distinção.
Abaixo, veja o currículo resumido dos arquitetos e urbanistas que receberam o 10º Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano – 2015.
Categoria Arquiteto e Urbanista do Ano 2015 – Setor Público
Luiz Philippe Peres Torelly (DF) – indicado pelo Sinarq-DF
Arquiteto e urbanista graduado na Universidade de Brasília. Especialista em habitação, desenvolvimento urbano e preservação do patrimônio cultural. Fez Mestrado em Planejamento Urbano na Universidade de Brasília. Foi presidente do Sindicato dos Arquitetos do DF e vice-presidente da Federação Nacional dos Arquitetos.
É diretor do Departamento de Articulação e Fomento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Trabalhou no Banco Nacional da Habitação, Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano, Caixa Econômica Federal, Governo do Distrito Federal e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Em sua passagem por estas instituições públicas, exerceu, entre outras, as seguintes funções: Arquiteto e Urbanista, Chefe da Divisão de Engenharia, Gerente Nacional de Desenvolvimento Urbano; Superintendente Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Chefe de Gabinete da Presidência, Diretor Geral da CAIXA Participações; Diretor de Participações Societárias e Imobiliárias da Caixa Econômica Federal.
Foi presidente do Instituto de Planejamento Territorial e Urbano do DF, Secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Governo do Distrito Federal, Coordenador Geral de Promoção do Patrimônio Cultural, Assessor Especial da Presidência.
Possui diversos artigos, ensaios e participações em livros publicados. Em 1979 seu trabalho de graduação intitulado “Urbanização do Campo e Habitação Rural” foi premiado com o 1º lugar no Concurso de ideias para barateamento da construção habitacional, pelo Banco Nacional da Habitação.
Em 1998, o conjunto de Planos Diretores Locais do Distrito Federal, foi reconhecido como uma das dez melhores práticas do ano, pela Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República.
Categoria Arquiteta e Urbanista do Ano 2015 – Setor Privado
Mariana Estevão (RJ) – indicada pelo SAERGS
Nascida em 15 de junho de 1972, no Rio de Janeiro, a arquiteta e urbanista Mariana Estevão graduou-se na Universidade Federal Fluminense. Em 2001, criou o projeto Arquiteto de Família, uma metodologia de assistência técnica para habitação de interesse social que reúne estratégias de melhoria das condições de habitabilidade de moradias auto-construídas. No ano seguinte, fundou a ONG Soluções Urbanas para captar recursos para a viabilização do Projeto.
Arquiteto de Família atua promovendo reformas que resultam em uma habitação saudável no contexto de uma família e de seus problemas. Sua metodologia é inspirada no programa Médicos de Família. O projeto tem como objetivo principal propiciar mais qualidade de vida e saúde aos moradores. Para isso, são realizados mutirões, com a participação das famílias, para construção e reforma de moradias, obras por empreitadas contratadas e orientação à autoconstrução.
O projeto está em prática no Morro do Vital Brazil, em Niterói, Rio de Janeiro, como uma ação de responsabilidade social por meio de uma Cooperação Técnico-Científica entre a Soluções Urbanas e o Instituto Vital Brazil. Entre 2009 e 2011, a iniciativa contou com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS).
Entre outras maneiras, as obras são viabilizadas por meio do Eccobanco, dinheiro usado na comunidade para que o morador possa trocar caixas tetra pack pela moeda social. A troca do Eccobanco por material de construção acontece na Feira de Trocas Solidárias realizada a cada dois meses. Outro meio de acesso aos recursos é pelo microcrédito habitacional, por fundo gerido pela própria Soluções Urbanas.
Categoria Arquiteta e Urbanista do Ano 2015 – Setor Privado
Viviane Santi Martins (RS) – indicada pelo SAERGS
Arquiteta e urbanista pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UNISINOS, nasceu em Vacaria/RS no dia 3 de julho de 1972. É Mestre em Desenvolvimento Rural pelo Programa de Pós-graduação Multidisciplinar da Faculdade de Economia da UFRGS (PGDR) – produção com ênfase em Habitação Rural, e proprietária da Ohásis Arquitetura Sustentável, que desenvolve soluções sustentáveis humanizadas, reconhecendo a relação entre o ser humano e seu ambiente como fonte de vitalidade e bem estar.
Propõe uma arquitetura aliada ao conceito de saúde ambiental e às tecnologias de construção sustentável com responsabilidade social, priorizando soluções sustentáveis, como a bioconstrução, o uso de ecoprodutos na construção civil, bioclimatismo, uso racional da água e saneamento ecológico, e geobiologia, além do planejamento ambiental sistêmico e princípios da permacultura.É formada em Permacultura Design e Consultoria pelo Instituto de Permacultura da Pampa, Bagé-RS. Tem formação complementar em geobiologia junto a diversas entidades, entre elas o IBG – Instituto Brasileiro de Geobiologia.
Desenvolveu diversos projetos junto a movimentos sociais com ênfase em inclusão social, em projetos coletivos com metodologia participativa. Integra o Selo da Casa Saudável, Healthy Building Certificate. Além do desenvolvimento de projetos especiais em sustentabilidade, Viviane Martins também ministra palestras e cursos abordando temas como sustentabilidade urbana, arquitetura sustentável, saudabilidade na edificação, design permacultural, geobiologia, aplicação de soluções sustentáveis à habitações de interesse social, empoderamento social por meio da bioconstrução. Atuando como educadora social e formadora de opinião.
Em 2010, Viviane teve trabalho reconhecido com o Prêmio SOBER, conferido pela Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural. A arquiteta e urbanista recebeu menção honrosa nacional com a dissertação LUGAR DA MORADA: A constituição do lugar de viver de famílias rurais no contexto de assentamentos da Reforma Agrária. O reconhecimento raramente é oferecido a alguém que não é das áreas específicas. Viviane foi a primeira e única arquiteta a receber o Prêmio SOBER.
Categoria Arquiteto e Urbanista do Ano 2015 – Jovem Arquiteto
Lucas Alencar Faulhaber Barbosa (RJ) – indicado pelo presidente da FNA, Jeferson Salazar
Arquiteto e Urbanista formado em 2012 pela Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense (EAU/UFF), nasceu em junho de 1986 na cidade do Rio de Janeiro. Atua como profissional e militante junto ao movimento popular de moradia de reforma urbana prestando assessoria técnica.
É mestrando do Instituto de Planejamento Urbano e Regional da UFRJ e membro pesquisador do Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza (ETTERN). De 2010 a 2011, foi Diretor Geral da FeNEA.
Junto com a jornalista Lena Azevedo, é autor do livro SMH 2016: REMOÇÕES NO RIO JANEIRO OLÍMPICO, uma criteriosa pesquisa que trata das remoções ocorridas no Rio de Janeiro no contexto da preparação para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Baseados em dados da própria prefeitura, o livro mostra um assustador número de 65 mil removidos e conta como esse processo aconteceu e a que interesses ele atende. Na segunda parte da publicação, relatos de moradores que resistiram ou foram removidos demonstram como este é um processo que envolve muita violência, física e mental.
Categoria Arquiteto e Urbanista do Ano 2015 – Jovem Arquiteto
Juliano Marini de Oliveira (SC) – indicado pelo SASC
Nascido em Blumenau (SC) no dia 10 de fevereiro de 1983, Juliano Marini de Oliveira formou-se em 2008 pela Universidade do Vale do Itajaí, onde recebeu o Mérito Estudantil pelo seu desempenho acadêmico. Apesar da carreira recente, sua trajetória merece reconhecimento pelas realizações nas áreas que tem alcance social e humano – científica, política, social e tecnológica, através de ações, projetos ou obras que beneficiam a comunidade catarinense.
Participou junto a Fenea em diversas gestões, está à frente do Núcleo Litoral Norte do IAB/SC e potencializou novas ações e dinâmicas de participação dos arquitetos da região em discussões coletivas em prol da profissão. Temas atuais e relevantes como Tabela de Honorários e Metodologia de Aprovação de Projetos por Prefeituras (da região) são alguns dos assuntos discutidos e que culminaram no surgimento de grupos de estudos.
Percebe-se claramente o pensamento coletivo do arquiteto indicado, que empenha parte de seu tempo na construção de um horizonte melhor para nossa profissão. Participa com mais dois arquitetos do escritório ImoveLine cujo foco são projetos residenciais. Seguem princípios éticos com relação a temas como a Reserva Técnica, buscando sempre uma transparência junto ao cliente final.
Categoria Arquiteto e Urbanista do Ano 2015 – Homenagem Especial
Usina – Centro de Trabalhos para o Ambiente Habitado (SP) – indicada pelo SASP
Fundada em junho de 1990 por profissionais de diversos campos de atuação como uma assessoria técnica a movimentos sociais, a USINA Centro de Trabalhos para o Ambiente Habitado (CTAH) tem atuado no sentido de articular processos que envolvam a capacidade de planejar, projetar e construir pelos próprios trabalhadores, mobilizando fundos públicos em um contexto de luta pelas Reforma Urbana e Agrária.
A USINA já participou da concepção e execução de mais de 5.000 unidades habitacionais, além de centros comunitários, escolas e creches em diversas cidades e em assentamentos rurais, principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Também atuou no desenvolvimento de planos urbanísticos, projetos de urbanização de favelas e auxiliou a formação e organização de cooperativas de trabalho.
Atuando como parceira dos movimentos sociais, a equipe da USINA tem intenção de superar a produção autoral e estritamente comercial da Arquitetura e do Urbanismo e busca, para tanto, integrar e engendrar processos alternativos à lógica do capital através de experiências sociais, espaciais, técnicas e estéticas contra-hegemônicas.
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