Uma militância pelo social iniciada aos 17 anos que se renova a cada dia

Uma militância social que vem desde os seus 17 anos, algo que já estava no DNA de Adriana Oliveira , 47 anos, já que sua mãe era militante de movimentos comunitários. A sua própria trajetória começou junto à associação de moradores de um bairro chamado Japãozinho, na periferia de Aracaju, em Sergipe. Esse engajamento a empurrou naturalmente para outras frentes de luta e hoje, Adriana é diretora nacional da Conam Mulher (Confederação Nacional das Associações de Moradores), onde já está em sua quarta gestão. Além disso, preside a Federação Estadual das Entidades Comunitárias de Sergipe, filiada à Conam.

A associação de moradores do Japãozinho foi a ‘cama elástica’ que a fez saltar para uma realidade tão diferente daquela que vivia e conhecia.  ‘Tudo começou a mudar quando fui convidada a participar de um congresso nacional da Conam, em Brasília’, afirma Adriana, que não recorda o ano em que o evento ocorreu pela quantidade de compromissos atendidos em seus mais de 20 anos de militância. “Foi a partir desse congresso que comecei a ter mais conhecimento, curiosidade, e percebi a importância do trabalho social e comunitário. Não demorou muito para ser convidada a assumir a diretoria da região Nordeste da Conam e, depois, a Conam Mulher’, afirma.

“Na diretoria voltada a assuntos para mulheres a gente luta por melhor qualidade de vida da sociedade, por políticas públicas para todos, mas também buscamos consolidar o empoderamento feminino em curso. Não queremos ser melhores ou maiores do que os homens, buscamos, sim, a igualdade de direitos. Um dos pontos que mais trabalhamos em tempos de pandemia vem sendo o da violência contra a mulher neste período. Essa, especialmente, é uma luta muito árdua sobretudo nas áreas mais carentes’, afirma.

A atuação junto às comunidades em função da pandemia não comprometeu o trabalho desenvolvido pela Conam Mulher. De acordo com a Adriana, a proximidade vem ocorrendo por meio de redes sociais, grupos de whatsapp, mensagens de texto pelo celular – ou seja, por meio de plataformas acessíveis às famílias mais carentes.  ‘Gosto muito do que faço, e a cada dia me inspiro e penso em formas de estar sempre presente nas comunidades’, pontua a diretora da Conam Mulher.

Formada em Assistência Social, casada e mãe de Igor Emmanuel, de 11 anos, Adriana não cansa de agradecer pelo seu destino, e coloca a Conam como a responsável por mostrar a ela o caminho que foi trilhado lá atrás. “Sou grata por todo o conhecimento que tenho hoje, pois foi através da Conam que pude conhecer outras realidades, entender o movimento comunitário e a importância de buscar uma sociedade mais justa e igualitária”, finaliza.

Foto: arte sobre foto de Conam/Divulgação

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