Na sexta-feira (28/06), a presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Andréa dos Santos, participou da reunião virtual da Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM). O encontro on-line debateu medidas e estratégias para reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes que atingiram o estado no mês de maio.
Também participaram da reunião representantes de outras organizações, como Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (FETICOM) e Federação Nacional dos Técnicos Industriais (FENTEC) das cidades de Porto Alegre, Passo Fundo, Bento Gonçalves, São Sebastião do Caí e Sapucaia do Sul.
As temáticas do encontro virtual foram voltadas à definição de medidas sindicais em relação aos planos de reconstrução do estado de forma segura e sustentável, visando à redução de riscos de novos desastres no futuro e adaptação das cidades frente às mudanças climáticas que estão ocorrendo no planeta.
Segundo a presidente da FNA, a organização desses espaços de debates é uma forma de alinhar ideais e objetivos. “Queremos que as cidades se tornem locais seguros, fortes e resilientes. Para isso, precisa ser realizado um trabalho conjunto para entender quais pontos precisam ser trabalhados, junto ao poder público, para conseguirmos ajudar a reconstruir o Rio Grande do Sul de forma inteligente, ágil e focada no futuro do mundo, levando em consideração a realidade que vivemos. A população não pode seguir sendo afetada toda vez que novas chuvas atingirem os locais onde vivem”, reforçou.
Uma das perspectivas debatidas na reunião foi o aumento da contratação de mão de obra qualificada nos setores de construção para dar conta da quantidade de obras que devem ocorrer. “É urgente identificar a situação dos trabalhadores da construção, se houve algum tipo de precarização ou prejuízo e, também, de contratação em relação ao trabalho desses profissionais”, explica Andréa. A presidente também contou que uma das propostas é a criação de um grande diagnóstico dos setores afetados pela calamidade. “Queremos nos aprofundar no tema e entender como está a situação da categoria e suas condições de trabalho. Para isso, inclusive, já pudemos contar com o apoio de uma pesquisa realizada pelo CAU/RS”, finalizou.
Outro objetivo é fortalecer o diálogo social, incorporação dos representantes dos trabalhadores nas instâncias de tomadas de decisões sobre as etapas da reconstrução, além de um diagnóstico do impacto das enchentes, além de apoiar as entidades sindicais no controle das condições de trabalho e a garantia de direitos da classe trabalhadora.
Fonte: ICM
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Foto: Ricardo Stuckert