FNA prepara comissão para discutir agenda da UIA 2021

A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) está organizando uma comissão para discutir a agenda de pautas do 27º Congresso Mundial dos Arquitetos, adiado para julho de 2021 em razão da pandemia de Covid-19. A decisão foi tomada durante Plenária do 44º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (Ensa) no domingo (6/12), que avaliou moções e deliberações propostas durante todo o evento. O grupo será formado por integrantes indicados pelos sindicatos filiados à FNA.

A iniciativa foi pautada em reunião virtual que ocorreu previamente, na mesma data, em que compareceram a presidente da FNA, Eleonora Mascia, a presidente do IAB Nacional, Maria Elisa Baptista, o arquiteto e urbanista Cid Blanco, coordenador do Observatório Metropolitano ODS (METRODS) e membro do IAB na comissão para os ODS do congresso do UIA 2021, e Igor Freire de Vetyemy, presidente do IAB-RJ. Quem mediou a reunião foi o ex-presidente da FNA Jeferson Salazar, que pontuou o acordo firmado entre a UIA e a Federação em 2014. Desde então, a FNA envia repasses para viabilizar o evento no Rio de Janeiro. “A FNA foi uma das primeiras entidades a manifestar apoio formal ao IAB para que esse congresso fosse realizado no RJ”, lembrou. Na ocasião, Maria Elisa abordou os temas de reflexão que não podem ficar de fora dos debates do evento, como a equidade de gênero, os direitos das populações mais vulneráveis, a preservação do meio ambiente e os modos de atuação dos arquitetos e urbanistas. “A gente precisa mesmo pensar, conversar, imaginar e sonhar se a gente quer que os nossos netos tenham um lugar pra viver. O Congresso, nesses tempos dificílimos, é uma esperança nesse sentido, dessa conversa, da construção desse pensamento”, mencionou.

Na ocasião, Eleonora pediu maior espaço para as pautas de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (Athis) e do Mundo do Trabalho e reforçou a importância de se ter uma diretriz sobre a agenda. “A FNA é, desde o início, colaboradora do projeto UIA, mas precisamos de espaço para debater questões importantes relacionadas a nossas pautas históricas de luta na agenda do evento do Rio”, justificou sobre a criação da comissão. Em sua participação, Blanco reforçou a importância de a agenda ser uma espécie de “aquece” para os debates mundiais sobre a agenda 2030 e ponderou que, apesar dos debates no exterior serem grandes eventos, é preciso considerar que são universos menores de representação. “Tudo lindo, mas eles cabem em Paraisópolis”, pontuou.

Em paralelo, a FNA estuda os formatos para realização do 45º Ensa, em 2021. Há possibilidade que o evento ocorra durante o Congresso de forma híbrida (presencial e virtualmente) ou em novembro, em datas a definir. A pauta será discutida pela comissão e deverá ser definida durante reunião do Conselho de Representantes, marcada para março de 2021. Conforme reforçou Eleonora, a pandemia deixa um cenário de dúvidas sobre a possibilidade de realizar eventos presenciais. “A FNA e seus sindicatos adotarão com cautela as medidas para realização de atividades, uma vez que devemos aguardar as orientações das autoridades sanitárias sobre reuniões presenciais e deslocamentos no território. Nosso primeiro encontro realizado à distância mostrou ser possível reunirmos delegados e diretorias dos sindicatos e da FNA de forma remota”.

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