A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), ciente do seu papel como entidade que defende as cidades e a moradia digna como um direito de toda a população, lança a campanha voltada à necessidade de profissionais de arquitetura e urbanismo para a construção de cidades fortes e resilientes.
A ideia de debater o assunto surge após a tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul, gerando diversos danos às moradias e às cidades como um todo. Infelizmente, as mudanças climáticas são uma realidade no Brasil e no mundo, e o cenário não mostra sinais de retrocesso.
Como essa realidade não pode mais ser mudada, chegando em um ponto de irreversibilidade, é dever do poder público preparar a população, as cidades, os servidores públicos e as forças de segurança para lidar com esses eventos críticos. Profissionais de arquitetura e urbanismo precisam compor o corpo técnico dos governos federal, estaduais e municipais. São eles, junto a outras áreas de atuação, que estão habilitados e possuem conhecimento específico para planejar cidades mais fortes e preparadas.
Portanto, é extremamente importante que o poder público trabalhe na abertura de concursos e chame os profissionais aprovados para atuar de forma efetiva e emergencial no extenso e difícil trabalho que será replanejar diversos municípios, criando planos não apenas para lidar com a crise pós chuvas, enchentes e deslizamentos, mas, sim, para impedir os grandes danos e transtornos.
A FNA e seus sindicatos filiados acreditam, também, que os governantes precisam levar em consideração o fato de que o mundo mudou, o planeta terra mudou, e que não podemos permitir que situações de imensa perda sejam recorrentes. “É necessário e, podemos dizer, urgente, que se construam cidades resilientes, preparadas para enfrentar estas intempéries com o mínimo de danos possíveis. Isso é atribuição e responsabilidade dos profissionais de arquitetura e urbanismo e só será possível com a organização de trabalhos intensos que criem medidas de planejamento, proteção e planos de contenção e prevenção de riscos para defender as cidades e as pessoas que vivem nelas”, explica a presidente da FNA, arquiteta e urbanista Andréa dos Santos.
A presidente também reforça a necessidade de encaminhamento de investimentos nos estados. “Vamos precisar de recursos humanos, físicos e de equipamentos para poder atender estas situações que vão ocorrer, infelizmente, cada vez mais, já que trata-se de um problema global.”