Consciente do papel social que os prédios públicos precisam ter no cotidiano das cidades brasileiras, a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) apoia o movimento ReXistência POA, que ocupou edificação no Centro Histórico de Porto Alegre neste sábado (16/09). A ação, liderada pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), busca restabelecer o uso do edifício de nove andares, anteriormente dedicado a aulas de teatro e mostras culturais pela comunidade. A federação repudia toda e qualquer ação contra os movimentos sociais que estejam na luta por legítimo direito, como o reportado por lideranças dos manifestantes, que alegam que a Guarda Municipal de Porto Alegre teria reprimido apoiadores da ocupação.
A FNA e seus sindicatos entendem que os espaços precisam cumprir seu papel social, e que é obrigação do poder público mantê-los e destiná-los a finalidades que gerem o bem de todos. É inadmissível que imóveis que pertencem, seja às prefeituras, seja à União, sejam relegados ao abandono enquanto famílias vivem ao relento ou em condições precárias de moradia.
Desde sábado, o grupo denominado ReXistência POA ocupa prédio de nove andares localizado da Rua dos Andradas. A expectativa é que uma solução de consenso entre Prefeitura de Porto Alegre e o MNLM seja anunciada nesta segunda-feira (18/09) durante reunião. A FNA defende urgência de uma solução para a questão com o objetivo de regularização e concessão de posse destes locais para movimentos sociais, assim como de diversas outras ocupações em território nacional.
Foto: Ceniriani Vargas da Silva