FNA anuncia vencedores do 1º Prêmio ArqPop

A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) anuncia, nesta terça-feira (07/11), os vencedores do primeiro Prêmio ArqPop. Dos dez projetos divulgados, as iniciativas Arquitetura Colaborativa (1.762 votos), Mãe Luiza Acessível (1.167 votos) e Canteiro Móvel (342 votos) obtiveram o maior engajamento nas redes sociais até a data de encerramento das votações (3/11). Os selecionados participarão da primeira exposição ArqPop, que ocorrerá no dia 30 de novembro, durante a programação do 47º Encontro Nacional dos Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA) em São Paulo.

A iniciativa, desenvolvida pela FNA, busca valorizar projetos populares e soluções criativas para os dilemas das comunidades brasileiras. Por meio de uma revista eletrônica, o Portal ArqPop é um espaço de divulgação de trabalhos promovidos por arquitetos e urbanistas que, de maneira solo ou coletiva, desenvolvem ações voltadas ao atendimento das mais variadas necessidades da sociedade. “A FNA defende a importância da função social do arquiteto e urbanista. Este projeto é uma forma de mostrar como a arquitetura e o urbanismo podem, junto à sociedade, transformar a realidade de muitas pessoas, além de fomentar a importância de escutarmos as necessidades das comunidades”, reforça a presidente da federação, Andréa dos Santos.

Conheça os projetos vencedores

Arquitetura colaborativa: uma experiência bioconstrutiva na Comunidade dos Nobres – Viçosa/MG

O Coletivo Formigas da Universidade Federal de Viçosa (UFV) promove projetos que visam inserir a comunidade em ações de intervenção urbana por meio de metodologias do urbanismo colaborativo, fomentando a participação dos moradores na produção do espaço público. Desta forma, o projeto na Comunidade dos Nobres surgiu a partir da necessidade de construção de um espaço de vivência, onde fosse possível a troca de experiências e conhecimentos, além de incentivar o protagonismo local por meio de trabalhos coletivos. Outro objetivo era reincluir a bioconstrução nesse ambiente, visto que ela faz parte da memória local. Desta forma, por meio do diálogo entre estudantes de arquitetura e urbanismo e moradores, criou-se um espaço de aprendizagem e trocas interpessoais, ao mesmo tempo que um local para a comunidade era edificado.

Mãe Luiza Acessível – Natal/RN

O projeto começou a partir da iniciativa de dois arquitetos que uniram-se para tornar a comunidade Mãe Luiza um local acessível para todos. Após um projeto de adaptação de banheiros na Casa de Idosos local, conversando com a comunidade e trabalhadores do espaço, a dupla decidiu criar um projeto voltado à assistência técnica para pessoas com necessidades especiais. Inicialmente foram 10 famílias atendidas, mas, com o avanço do projeto, que foi selecionado pelo CAU/BR como um dos seis melhores projetos de ATHIS no Brasil, outras 20 moradias receberam melhorias em seus banheiros, tornando os espaços acessíveis.

Canteiro Móvel – Botucatu/SP

Visando a democratização da arquitetura, o Canteiro Móvel funciona como um dispositivo pedagógico, unindo arquitetos, construtores, estudantes e comunidade. A ideia do coletivo Sem Muros Arquitetura Integrada era criar uma escola itinerante de arquitetura pautada na realidade e no vínculo entre teoria e prática, colaborando para uma inversão de olhares e uma mudança de cultura. Na prática, o trailer do Canteiro Móvel, equipado com ferramentas de obras e materiais de ensino didáticos, estaciona em um local e abre-se à população para a criação conjunta de ideias que têm o poder de transformar o dia a dia daquela comunidade.

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