Trabalhadores rejeitam reforma Previdenciária e PEC 241

Cerca de 80% dos trabalhadores do campo e da cidade rejeitam a reforma Previdenciária, outros 15% concordam com o arrocho previdenciário, 4% nem concordam nem discordam e 2% não sabem. Além disso, 70% dos consultados não aceitam a PEC 241, que congela gastos públicos, em especial despesas com Saúde e Educação, pelos próximos 20 anos. Só 19% concordam com a aprovação da proposta, 6% são indiferentes e 5% não sabem ou não responderam. Os dados divulgados são da pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 9 e 13 de outubro, que avaliou sentimentos e opiniões da população brasileira a respeito de questões políticas e administrativas. A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%. Foram entrevistadas 2 mil pessoas com idade superior a 16 anos no Distrito Federal e em todos os estados brasileiros, exceto Roraima.

 

O presidente da CUT, Vagner Freitas, destacou o fato de que as propostas, que atacam direitos sociais e trabalhistas e indicam arrocho salarial e previdenciário sem precedentes no Brasil, são conhecidas e rejeitadas pela maioria dos trabalhadores observando que “o povo está informado, sabe que será o mais prejudicado com menos hospitais, menos médicos, e, se a reforma da Previdência passar, que vai ter de trabalhar até morrer”.

 

Para a economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Patrícia Pelatieri, “será necessário que a Previdência, que tem crescimento vegetativo anual com mais pessoas se aposentando a cada ano, o que gera elevação no custo, tenha de diminuir”.

 

Agenda de Mobilizações

Para tentar impedir que as propostas sejam aprovadas, a CUT e centrais sindicais já definiram uma agenda de mobilizações em defesa da classe trabalhadora. As definições do calendário de lutas foram feitas em reunião realizada na quarta-feira, dia 19 de outubro, em São Paulo (SP).

 

No dia 24 de outubro, haverá um ato das centrais sindicais, em Brasília (DF), contra a PEC 241, que no mesmo dia deve ser votada em segundo turno na Câmara dos Deputados.

 

No dia 11 de novembro, haverá o “Dia Nacional de Greve e Paralisação”, que chamará a atenção do país para os riscos que corre a classe trabalhadora com o avanço da reforma da Previdência e Trabalhista no Congresso.

 

Dando continuidade, após as mobilizações do dia 11 de novembro, as centrais sindicais voltarão a se reunir para definir os detalhes sobre atos no dia 25 de novembro.

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