De acordo com dados divulgados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em 2023 foram registrados 1.161 eventos de desastres naturais no Brasil. Destes eventos, 716 são associados a causas hidrológicas, como transbordamento de rios, e 445 de origem geológica, como deslizamentos de terra.
Ainda conforme dados do Cemaden, cerca de 3.425 alertas foram emitidos ao redor do país, a maior parte tendo sido enviada para regiões metropolitanas, ao Vale do Taquari (RS e ao Vale do Itajaí (SC). Neste ano, também foram registradas 132 mortes associadas a eventos relacionados à chuva, sendo a maioria apenas no RS. Nacionalmente, 9.263 pessoas ficaram feridas, 74 mil desabrigadas e 524 mil desalojadas. Entretanto, tais prejuízos humanos e materiais podem ser evitados no futuro
A presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Andréa dos Santos, ressalta que a arquitetura e o urbanismo têm papel fundamental na redução do impacto das mudanças climáticas e dos desastres naturais que estamos vendo atingir as cidades brasileiras. “A nossa participação no âmbito público é de extrema importância para planos de contingência, preparação de abrigos, rotas de fuga e construções capazes de suportar os desastres naturais que vêm se intensificando”, destaca ela.
Os dados divulgados também apontam prejuízos de R$2,87 bilhões em obras de infraestrutura pública, R$310 milhões em instalações públicas e R$1,92 bi em unidades habitacionais ao redor do país. Dessa forma, a arquitetura e o urbanismo são essenciais tanto para conter os impactos à população como para reduzir os prejuízos materiais que afetam as cidades brasileiras e o desenvolvimento econômico do país.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil