Auxiliar arquitetos a compreenderem seu perfil profissional é o desafio do T.A.B.A.

O atual desafio dos arquitetos e arquitetas é, além de compreender os modelos de trabalho, enxergar em qual deles o seu perfil pessoal e profissional se encaixa. A ideia defendida pela sócia do AH! Arquitetura Humana, escritório responsável pelo desenvolvimento do projeto Trabalhadores Articulados em Benefício da Arquitetura (T.A.B.A.), Karla Moroso, foi o cerne do debate da atividade do Encontro Regional de sindicatos de Arquitetos (ERSA) Sul na manhã deste sábado (09/04). O objetivo do encontro, além de apresentar a Cartilha e o conteúdo contábil e administrativo voltado ao campo de trabalho na arquitetura e no urbanismo, foi compilar as contribuições dos sindicatos ao material e amplificar as discussões em torno dos diferentes modelos de atuação.

“Nosso objetivo era conhecer o mercado, instrumentalizar os profissionais sobre as formas de atuação e todas as derivações contábeis que as envolvem e, por fim, trazer um material sólido para facilitar o compartilhamento das informações”, explica Karla. A ideia é que o material desenvolvido e as pesquisas realizadas possam ajudar não apenas aos profissionais, mas também aos sindicatos. A também sócia do AH! Arquitetura Humana, Taiane Beduschi, afirma que o objetivo é que os dirigentes sindicais possam compartilhar o material e ajudar na formação dos profissionais. “Através de diversas dinâmicas, nossa ideia é que os arquitetos e as arquitetas compreendam o modelo de trabalho, para que servem os tributos pagos e que entendam como usar os mesmos a seu favor. Precisamos desconstruir a ideia de entrar no mercado ‘como eu consigo’ e passar a entrar no mercado ‘como eu quero me colocar’”, explica.

O tesoureiro do Sindicato dos Arquitetos de Santa Catarina (SASC), Flávio Alípio, destaca a importância de se discutir o Microempreendedor Profissional (MEP), nova modalidade em discussão entre as entidades, e a criação de novos direitos trabalhistas. “Os arquitetos e arquitetas têm muita dificuldade de se enxergarem como trabalhadores, por isso, mesmo que tenhamos novas formas de atuação como o MEP, é imprescindível que se discutam os direitos trabalhistas nessa nova realidade. Se vamos atuar de uma forma nova e diferente, nós também temos que garantir que os profissionais tenham seus benefícios garantidos”, afirma. A Secretária de Relações Trabalhistas da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Dânya Silva, ressaltou a importância de disseminar essas informações. “Nos abastecer de conteúdos como o desenvolvido pelo T.A.B.A. vai facilitar que ampliemos a nossa presença no Congresso e na política para lutar pelas pautas do trabalhador da arquitetura”.

Os sindicatos e seus dirigentes poderão fazer contribuições para o fechamento da Cartilha, que deve circular impressa no próximo ERSA Sudeste, a ser realizado nos dias 28 e 29 de maio, em São Paulo (SP). O material e a discussão serão disponibilizados por e-mail para todos os inscritos no ERSA Sul com maiores orientações. A Secretária de Comunicação e Educação da FNA, Fernanda Lanzarin, destaca que será uma oportunidade de atingir mais profissionais. “Nosso ERSA Sudeste virá de encontro com o Conselho de Representantes. Queremos levar o T.A.B.A. para o maior número de dirigentes possíveis e preparar os para o futuro do mercado de trabalho, uma pauta essencial da FNA”. O projeto é realizado em parceria com a FNA e CAU Brasil.

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