De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde é definida como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Dessa forma o planejamento urbano e territorial se faz essencial para a manutenção da saúde pública nas cidades do mundo.
Morar em grandes cidades e metrópoles pode aumentar a probabilidade do surgimento de várias doenças transmissíveis e doenças crônicas não transmissíveis, assim como pode afetar a saúde mental, sobretudo para as pessoas que vivem em assentamentos informais. Entretanto, melhorias no espaço urbano podem promover bem-estar para as populações urbanas e prevenir essas doenças. As políticas públicas de urbanismo definem a qualidade do ar, da água, dos alimentos e dos espaços, as formas de deslocamento e o acesso à tratamento e cuidados de saúde.
Conforme guia de referência realizado pelo o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) em conjunto com a OMS sobre a integração de saúde e planejamento urbano e territorial, o papel de arquitetos e urbanistas é de extrema importância para o diagnóstico, a formulação e a implementação de medidas públicas que melhorem as cidades e portanto a qualidade de vida da população, buscando promover saúde e bem-estar igualmente à todos.
O arquiteto e urbanista e secretário de educação, cultura e comunicação sindical da Federação Nacional dos Arquitetos (FNA), Edinardo Lucas, reitera que boas práticas de planejamento urbano podem ser fundamentais para promover uma melhor condição de saúde em uma comunidade, “O planejamento urbano influencia diretamente o acesso das pessoas aos locais de trabalho e aos diversos serviços públicos, seja reduzindo as distâncias ou proporcionando um transporte coletivo rápido e de qualidade. Outro exemplo claro é a priorização da segurança dos pedestres e ciclistas nas diretrizes de planejamento, o que pode reduzir o número de acidentes de trânsito e, consequentemente, as lesões e traumas relacionados.”, explica o profissional.
Dessa forma, a participação de arquitetos e urbanistas no planejamento urbano e territorial adequado para as necessidades de uma população é fundamental para promover qualidade de vida para as pessoas que ali habitam e auxiliar no desenvolvimento de políticas de saúde públicas eficientes.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil