O projeto de apoio proposto pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) aos sindicatos filiados começou a ser desenhado. Reunidos ontem em teleconferência do Conselho de Representantes que contou com a presença de diretores dos Sindicatos, da Diretoria Executiva da FNA e do Conselho Consultivo. Lideranças avaliaram os avanços obtidos nos grupos de trabalho em quatro frentes: Assessoria Contábil, Jurídica, de Gestão e Comunicação. Após apresentação sobre a implantação das propostas, a presidente da FNA, Eleonora Mascia, informou que a diretoria organizará uma planilha para demonstração do custeio financeiro dos projetos de apoio para envio aos sindicatos. “Estamos trabalhando com um modelo de contratação centralizada que torna os serviços mais acessíveis a todos. A ideia é dar suporte aos sindicatos na medida da necessidade, mantendo a qualidade dos serviços disponibilizados”, frisou a presidente da FNA, lembrando que a queda na receita das entidades é uma realidade que se aprofunda em 2020.
Uma das ações emergenciais e que gerou mais debate foi a Campanha Nacional de Contribuição, um projeto que exigirá trabalho conjunto dos grupos. A ideia é trazer para a base dos sindicatos um número maior de profissionais, tendo em vista que, em meio a mudanças profundas nas relações de trabalho, se ampliam as possibilidades de apoio a categoria dos arquitetos e urbanistas.
Durante a reunião, foi realizado relato das ações dos grupos de trabalho.. A secretária de Educação, Cultura e Comunicação Sindical da FNA, Fernanda Lanzarin, informou sobre o plano de apoio aos sindicatos na área de Comunicação, com um plano conjunto de mídias digitais. A secretária geral da FNA, Cárin D’Ornelas, pontuou que a federação já tem três propostas de sistemas de gestão mais eficientes que possam ser utilizados por todos os sindicatos, integrando banco de dados, geração e controle de boletos financeiros e envio de informes. O vice-presidente da FNA, Ormy Hütner Jr, relatou os avanços para assessoria jurídica nas questões trabalhistas relacionadas à atuação dos sindicatos, com orientações disponíveis aos profissionais e à sociedade.
Outro tema abordado foi a Eleição do CAU 2020, que em princípio tem calendário mantido, com inscrições de chapas até 21 de agosto de 2020. Sobre a posição institucional a ser adotada perante os regramentos para inscrições e participação, a ex-presidente da FNA Valeska Peres Pinto apresentou um documento para debate que pauta para a formação das chapas a valorização do equilíbrio de gênero (50% de candidatas mulheres), diversidade geracional e entre atribuições profissionais. “Acredito que nosso conselho profissional tem que dar um passo maior, avançar na fiscalização da profissão, inclusive com uso de meios digitais”, sugeriu Valeska. O documento está estruturado em quatro eixos: orientar, disciplinar, fiscalizar e aperfeiçoamento do exercício profissional, além de destacar princípios de ética e disciplina da classe. Eleonora também lembrou o apoio da FNA e demais entidades do CEAU – Colegiado de Entidades de Arquitetura e Urbanismo para que o CAU possa enfrentar as ameaças de desregulamentação do exercício profissional e ataques à própria existência e manutenção do conselho, criado e regulamentado pela Lei nº 12.378/2010.
Frente à crise política, social e econômica, que também afeta a Arquitetura e Urbanismo, o Conselho de Representantes encaminha para que os sindicatos também debatam localmente o papel das entidades e do próprio CAU para a sociedade e para os profissionais. Os encaminhamentos e propostas novas para atuação da FNA e dos sindicatos devem voltar à pauta na próxima reunião do Conselho de Representantes, agendada para 30 de junho, às 20h.
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