Projeto ArquiCine chega ao fim e curtas-metragens estarão no UIARio2021

Cerca de 72 horas/aula distribuídas em três oficinas foram necessárias para colocar em prática o projeto inédito de retratar, pela câmera do celular, a realidade habitacional de comunidades de diversas regiões do Brasil. Esse foi o propósito do Projeto ArquiCine/Câmera Causa capitaneado pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e pela Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (FeNEA), que culminou na produção de 17 curtas-metragens realizados por estudantes e profissionais de arquitetura e urbanismo e por movimentos sociais que serão exibidos no maio evento de arquitetura do mundo, o 27 ° Congresso Mundial de Arquitetos – UIARio2021

O projeto gratuito iniciado em abril municiou as 17 equipes participantes das três oficinas de técnicas e práticas de produção audiovisual a partir do uso exclusivo de um celular, e contou com o olhar e a sensibilidade dos alunos na captação da imagem, pessoas e reflexão sobre histórias de vidas comunidades do Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Bahia, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Recife e até mesmo de Portugal. De acordo com a presidente da FNA, Eleonora Mascia, o projeto foi idealizado para reconhecer e difundir histórias que são referência nacional e internacional em assistência técnica e autogestão e “evidenciar o papel essencial dos arquitetos e urbanistas no planejamento urbano e nas políticas habitacionais”, destacou.

O ArquiCine foi pensado para divulgar o trabalho e a atuação de estudantes e profissionais arquitetos e urbanistas em ações junto a movimentos sociais que tenham como foco cidades inclusivas, democráticas e com espaços de maior qualidade.  As diretrizes para a produção de curtas-metragens foram dadas pelos cineastas Gustavo Spolidoro e Lucas Heitor Beal Sant’Anna, do Câmera Causa. Com o ArquiCine, o Câmera Causa alcança os 100 vídeos produzidos por meio de oficinas audiovisuais.

Todos os vídeos produzidos trazem a temática da habitação, mas o assunto, apesar de único, permitiu diversos desdobramentos pelas equipes participantes, segundo Spolidoro. “Chamou a atenção os diferentes trabalhos dentro de um mesmo tema pré-definido, como despejos, ocupações, quilombolas, empreendimentos já consolidados e habitados. Isso mostra a diversidade e a riqueza das produções que começarão a ser apresentadas”, afirmou. Para Lucas Heitor, outro diferencial do ArquiCine foi reunir pessoas de várias partes do país para troca de experiências e de conhecimento.

 

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