Nos últimos anos, estamos vendo a proliferação de diversas doenças mais rapidamente. Dentre elas, o vírus da dengue se destaca no Brasil. O número de casos de dengue no primeiro mês de 2024 é alarmante, somando cerca de 345.235 casos e mais de 35 óbitos no país, de acordo com o Ministério da Saúde.
Diversos estados já estão decretando situação de emergência de saúde pela epidemia da doença e o ano de 2024 ainda pode registrar 1.960.460 casos de dengue, aponta o Ministério da Saúde. Dessa maneira, é necessário a mobilização de toda a população para combater a proliferação do vírus.
Ainda conforme o Ministério da Saúde, a reprodução do vírus se dá por meio da picada do mosquito Aedes Aegypti, vetor da doença, e cerca de 74% dos criadouros do mosquito estão nas casas das cidades brasileiras. Água armazenada em vasos, garrafas retornáveis, materiais de depósitos de construção, caixas d’água, alvenaria, tonéis, tambores, barris e lixo são os maiores causadores da proliferação do mosquito
A arquiteta e urbanista, Mariana Estevão, explica que a arquitetura e o urbanismo podem contribuir significativamente para o planejamento das cidades e com saneamento básico adequado para diminuir os riscos de surtos de doenças como a dengue, “Quando falamos em saneamento, estamos nos referindo, não somente à água e esgoto, mas também à drenagem e gestão de resíduos. Nesses ambientes, que levam acúmulo de água, é que os mosquitos colocam os ovos e as larvas se desenvolvem”, esclarece a profissional.
Dessa forma, além dos cuidados individuais, os profissionais da arquitetura e urbanismo, por meio do planejamento urbano, da melhoria das residências e da disponibilização de saneamento básico, com captação e distribuição de água, tratamento de esgoto, descarte de lixo e drenagem de água da chuva, são profissionais essenciais para ajudar a sociedade a combater o vírus da dengue e evitar que doenças como essa tenham maior impacto na população brasileira.
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