O grupo de Pesquisa em Habitação e Sustentabilidade (HABIS) da Universidade de São Paulo (USP) – São Carlos lança a edição 2023 da revista Risco, de pesquisa em arquitetura e urbanismo. Com oito artigos e ensaios, a temática das produções publicadas este ano é Habitat Rural. A revista completa está disponível online para ser acessada através do link https://www.revistas.usp.br/risco/issue/view/13202
Neste ano, o HABIS completou 30 anos de atuação, tendo sido o primeiro grupo de pesquisa a ser criado no Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP – São Carlos. As ações e pesquisas dos integrantes do HABIS abordam temáticas como habitação social em assentamentos rurais, habitação em seu sentido mais amplo, sistemas construtivos sustentáveis, processos construtivos participativos, saneamento ambiental e empreendimentos solidários.
Participam do grupo de pesquisa professores, alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores de pós-doutorado e profissionais parceiros de diversas instituições e universidades. O HABIS também realiza workshops e seminários com participações de especialistas nacionais e internacionais além de estudantes intercambistas de diferentes regiões do mundo.
João Marcos de Almeida Lopes, arquiteto e urbanista, professor titular do IAU/USP e um dos coordenadores do Grupo HABIS explica a escolha do tema para a edição deste ano da Risco. Ele expõe que no campo da arquitetura e do urbanismo, o debate sobre as cidades e os espaços urbanos ocupa uma posição hegemônica que contribui para a disseminação da ideia de que o mundo rural é o lugar do vazio, do inabitado e do atraso. Dessa maneira o tema da edição de 2023 da revista busca melhorar o diálogo entre campo e cidade na arquitetura e no urbanismo. “De nada adianta especularmos sobre as mudanças no clima, sobre alimentação saudável, livre de agrotóxicos e sobre o problema da moradia se não investigarmos todo o regime de reciprocidades entre o campo e a cidade”, conclui ele.
O professor universitário ainda relata que o HABIS vem se dedicando à investigação sobre Tecnologias Construtivas de Baixo Carbono (TCBC); à discussão sobre a noção de sustentabilidade; a novas formas de organizar a produção do habitat, por meio de regimes colaborativos e autogestionários e à investigação das diversas modalidades de organização de movimentos sociais e dos povos originários, para buscar outras possibilidades de produzir e reproduzir a vida.