Golpe 2016 será tema de disciplina da Universidade Federal de Goiás

[Foto: Makidotvn/Istock]
Inspirado no curso O Golpe de 2016 e o Futuro da Democracia do Brasil, da Universidade de Brasília (Ipol/UnB), a Universidade Federal de Goiás (UFG) – campus Cidade de Goiás abrirá neste semestre a disciplina Golpe de 2016 e suas implicações para democracia brasileira. O objetivo é tratar sobre o afastamento da presidente eleita, Dilma Rousseff, em diferentes segmentos populacionais. “Vamos fazer aplicações do golpe em questões de gênero, questão social, de raças, políticas públicas e de urbanismo”, adiantou o diretor do campus Cidade de Goiás, Renato De Paula, que é um dos coordenadores da disciplina, que tem caráter optativo.

“Estamos fazendo diferente da Unb, porque é interdisciplinar. Professores de direito, serviço social e arquitetura devem participar”, explicou. Segundo o coordenador, inicialmente serão abertas 30 vagas com matrícula gratuita. As aulas serão expositivas e com conversas sobre o golpe e suas implicações na democracia. “Acho importante debater esse assunto na sala de aula porque faculdade é lugar de fazer discussões”, afirmou de Paula. As aulas deste semestre começam no dia 16 de abril.

A UFG também iniciou, no dia 16 de março, na Faculdade de Educação, que fica no Setor Universitário, em Goiânia, o curso de extensão O Golpe de 2016 e a Universidade Pública Brasileira. A capacitação se estenderá até o dia 26 de junho. Os encontros são voltados tanto para estudantes da instituição, como também são abertos à comunidade.

UnB deu ponta pé inicial

O Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (Ipol/UnB) foi o primeiro a oferecer aos alunos curso sobre o golpe de 2016. Denominado O golpe de 2016 e o futuro da democracia do Brasil, quem ministra as aulas é o doutor em ciências sociais e professor da Unb, Luis Felipe Miguel. Os encontros começaram em 5 de março. A iniciativa gerou polêmica. Entretanto, ganhou força depois que o ministro da Educação, Mendonça Filho, questionou a promoção do curso na UnB alegando que o conteúdo fere o princípio da autonomia universitária. De lá para cá, aproximadamente outras dez universidades brasileiras implantaram o curso.

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