Fórum Saergs apresenta pesquisas sobre precarização do trabalho na Arquitetura

Duas pesquisas acadêmicas que tratam das severas transformações no mercado de trabalho de arquitetos e urbanistas serão apresentadas durante o primeiro encontro digital do Fórum Saergs no Mundo do Trabalho nesta terça-feira (6/10), a partir das 19h. Os trabalhos serão detalhados pelo professor da Universidade Federal do RS (Ufrgs) e arquiteto e urbanista Bruno Melo e pela arquiteta e urbanista Aline Santiago, mestre pela Universidade Federal Fluminense (UFF). A mediação da conversa estará a cargo do presidente do Sindicato dos Arquitetos no Estado do RS (Saergs), Evandro Medeiros.

Promovido pelo sindicato, o Fórum Saergs no Mundo do Trabalho segue com encontros com lideranças nacionais de diferentes áreas do conhecimento nos meses de outubro e novembro. Toda semana, uma nova live abordará assunto relevantes, incluindo nuances sobre o mercado de trabalho para arquitetura e urbanismo dentro e fora do Brasil. Transmitido pelo Youtube e Facebook do sindicato, o evento tem patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do RS (CAU/RS) e apoio da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).

No encontro da próxima terça-feira (6/10), Melo apresentará o estudo desenvolvido no RS, que também foi coordenado pelas professoras Geisa Zanini Rorato e Eugenia Aumond Kuhn, do Departamento de Urbanismo da Faculdade de Arquitetura/UFRGS. “É preciso que os arquitetos reconheçam que parte das dificuldades pelas quais eles passam em sua condição de trabalhador não se deve a algum tipo de azar ou algo do tipo. Eles estão inseridos num processo de reestruturação produtiva e de erosão do sistema de proteção social e de direitos sociais, que é mundial”, afirma o professor, citando o conceito de “nova morfologia do trabalho”, cunhado pelo pesquisador Ricardo Antunes. Já a pesquisa de Aline se baseia na própria experimentação profissional, baseando-se em entrevistas com diversos arquitetos e urbanistas do Rio de Janeiro que tratam sobre o assunto. “O tema é muito contemporâneo e não tem muitas pesquisas sobre isso”, afirma a pesquisadora.

Rolar para cima