Força social é referência no Distrito Federal, Paraná e Amazonas

Os sindicatos vêm reforçando a ação voltada às comunidades e buscando fortalecer a implementação de Lei de Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social (ATHIS) e outras ações de forma a promover maior engajamento da categoria com as causas das cidades e as populações mais vulneráveis. No final da tarde desta quarta-feira (2/12), o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Amazonas (SINDARQ-AM), o Sindicato dos Arquitetos no Distrito Federal (Arquitetos DF) e o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Paraná (SINDARQ-PR) apresentaram suas ações voltadas à comunidade em uma tarde de interação e grandes ideias.

Representando o Arquitetos DF, a diretoria Julia Lins Bittencourt pontuou que o atendimento é focado na população de média e baixa renda e que projetos vêm sendo executados para dar o ponta pé em apoio a essas comunidades. Pelo Amazonas, a arquiteta e urbanistas Heloisa Sílvio citou movimentos de arquitetos que vêm levando, voluntariamente, informação às comunidades. Por meio do nome “Arquitetos na vizinhança”, o grupo leva palestras às comunidades de conscientização sobre o direito à moradia. Segundo a arquiteta Susana Magalhães, que também integra o movimento, o projeto foi fundado em junho de 2019 e consiste em uma consultoria gratuita. De lá para cá, informa ela, o projeto ganhou novos adeptos. Entre os principais problemas enfrentados pelos arquitetos que estão integrados ao programa, estão casos de conflitos por abertura de janelas para o vizinho e ligações de energia clandestina.

Pelo SINDARQ-PR, a arquiteta Lorreine Vaccari detalhou as ações adotadas nos últimos anos que resultaram em visibilidade e valorização do sindicato na comunidade de Curitiba. Além de proposição de emendas ao pano diretor, pontuou projeto como o “Zoneamento de Curtiba vai dar bolo”, que criou pressão política para estimular maior debate sobre o tema. Abusando da criatividade, o grupo levou um bolo para a rua, motivando profissionais e comunidade a inteirarem-se do debate. “Estavam atropelando a discussão”, justifica. Ainda citou ações locais que tiveram apoio da FNA com vista a estimular a contratação de projetos por meio de concursos. Entre as bandeiras futuras, estão exatamente projetos focados em assistência técnica e na maior realização de concursos.

O esforço do SINDARQ-PR vem dando resultado. Segundo Lorreine, o tema da moradia e da assistência técnica passaram a conquistar o debate de candidatos às prefeituras. “O tema começou a aparecer nos discursos e debates. Aqui, como vivemos em uma cidade modelo, não tem favela, nem áreas de ocupação irregular. Até um pedacinho da cidade isso realmente é verdade”, ironizou, lembrando que menos de 1% do orçamento municipal é investido em habitação.

Nesta quinta-feira (3/12), haverá apresentação dos projetos do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) e do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado de Minas Gerais (Sinarq/MG). O 44º ENSA segue até domingo com programações virtuais.

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