FNA e outras 83 entidades assinam documento com propostas imediatas para ação de combate à Covid-19 junto às minorias

Um amplo conjunto de 13 propostas de urgente implementação por parte do governo está sendo encaminhado às autoridades brasileiras com o objetivo de orientar sobre a necessidade de garantir qualidade de vida às minorias brasileiras e assegurar os direitos dos trabalhadores diante das dificuldades impostas pela Covid-19.

As 84 entidades da sociedade civil que assinam o documento, entre elas a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), expõem grande preocupação com o cenário que se desenha para a população brasileira, em especial a baixa renda e comunidades periféricas já tradicionalmente excluídas de políticas públicas de saúde, saneamento, habitação e do mercado de trabalho, especialmente com a recente edição de Medidas Provisórias que retiram direitos consagrados das classes trabalhadoras.

Diante da ineficácia de ações por parte do governo, as instituições que assinam o documento propõem diretrizes concretas para o enfrentamento da pandemia no curto e no médio prazo, com uma completa mudança na política econômica e social. “O Brasil e o mundo passam por uma gravíssima crise sanitária, econômica, política e social, com brutal piora nas condições de vida do povo, sobretudo dos mais pobres”, diz o manifesto. O documento relata ainda a ausência de coordenação de ações imediatas e urgentes de enfrentamento da pandemia, tanto do ponto de vista do impacto sobre a saúde da população quanto no médio prazo, ao não investir nas garantias mínimas da subsistência da população frente à recessão econômica que se anuncia. Relata, ainda, a dificuldade do governo em valorizar o SUS, fato consumado com a saída do ministro da Saúde do cargo – que se apoiava no trabalho e dados das equipes de saúde para entregar sua política de enfrentamento ao coronavírus.

As propostas apresentadas no documento são voltadas prioritariamente para os moradores dos territórios populares, nas periferias, nos assentamentos informais, nas ocupações, para a população em situação de rua, e outros grupos sociais vulneráveis.

Confira o documento aqui 

Foto: celsopupo/ Istock

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