A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) celebra a total contratação de arquitetos aprovados em concurso público realizado em 2012 pela Caixa. Tal marco representa a luta coletiva e a mobilização sindical pela garantia do chamamento de todos os profissionais aprovados.
No ano de 2014, dois anos após a realização do concurso público, houve reunião com participação de representantes da autarquia e comissão da Federação, na qual foi solicitada revisão das atribuições profissionais de arquitetura e correção de distorções no equilíbrio de quadros de arquitetos e engenheiros, quando à época, havia um arquiteto para cada 1,75 engenheiro.
A mobilização dos sindicatos e dos arquitetos concursados ou não, fundamentou o chamamento de arquitetos em todos os estados brasileiros e a definição de normativa das atribuições dos arquitetos e urbanistas da Caixa, adequando suas diretrizes à Lei 12.378/2010, que regula o exercício da profissão.
Atualmente, essa conquista coletiva representa um dos muitos incessantes diálogos junto à Caixa, cobrando por uma melhor estruturação do planejamento do estado brasileiro em benefício da sociedade como um todo.
Andréa dos Santos, atual presidente da entidade, afirma que “as gestões anteriores da Federação permitiram que o assunto se mantivesse relevante e com resultados que demonstram que a luta por reconhecimento da categoria têm pessoas que seguem defendendo também melhores condições de trabalho”.
“Reafirmar que a arquitetura e urbanismo é um trabalho coletivo, que não se faz sozinho, vai além da minha gestão, vai além da FNA e isso é o principal intuito: manter viva a coletividade para que a luta não pare”, diz a presidente ao relembrar a assinatura de acordo com a Caixa para chamar os profissionais concursados no ano de 2023.
“A expectativa da FNA, inclusive com o acordo, é a possibilidade hoje de abrir novos concursos na sequência para os arquitetos e urbanistas. E isso é uma luta que vamos continuar insistindo e correndo atrás”, acrescenta Andréa.
Para Jeferson Salazar, presidente da FNA à época, “a Federação encampou uma luta que já havia uma predisposição dos profissionais concursados a se mobilizarem. Isso representa que os sindicatos puderam se desenvolver ainda mais e fazer disso uma luta coletiva, pois ela não parou após minha presidência, ela seguiu com os e as sucessores até os dias de hoje”.
Hoje diretor suplente do Sindicato de Arquitetura no Estado do Rio de Janeiro (SARJ), o arquiteto complementa: “É necessário que as governanças conheçam melhor o trabalho dos arquitetos e urbanistas, que se apropriam do nosso trabalho pois, o cidadão sabe o papel do engenheiro e muitas vezes, atribui o crédito da obra pública a ele por desconhecer o papel do arquiteto urbanista.”
“Para termos valorização profissional, além da Federação, dos sindicatos, Colegiados das Entidades Estaduais (CEAU) e instituições de arquitetura e urbanismo, nosso principal parceiro são os movimentos sociais e com eles, a sociedade”, conclui Salazar.
Foto: Secretaria de Comunicação Social/Tribunal Superior do Trabalho