Durante a cerimônia de posse do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o novo presidente da entidade, Leandro Grass, assinou portaria para acabar com o grupo de trabalho de manutenção e preservação de armas de fogo. O ato, ocorrido nesta terça-feira (31/1), em Brasília (DF), marca o início de uma nova gestão preocupada, de fato, com o trabalho essencial desenvolvido pelo Instituto. De acordo com Grass, as armas não representam o patrimônio cultural e a atual diretoria se dedicará a “valorizar o corpo técnico do Iphan e cuidar do que foi deixado de lado nos últimos quatro anos. O patrimônio e a democracia permaneceram de pé e o nosso trabalho dará respostas ao que o tempo atual precisa”.
Acompanhando o evento, a presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Andréa dos Santos, destaca a importância de ver uma gestão que trabalha e valoriza o patrimônio brasileiro. “Depois dos ataques sofridos em Brasília, pudemos ver a relevância do trabalho de todos os profissionais envolvidos com a preservação e manutenção da nossa história. Esperamos estar ao lado do Iphan para podermos levar as nossas contribuições enquanto arquitetos, e de restaurar um órgão tão essencial para manter viva a cultura do nosso país”. O membro do Conselho Fiscal da FNA Danilo Matoso também acompanhou a solenidade, que ocorreu no Salão Brasília, no Palácio Itamaraty.
Grass ainda anunciou a composição da nova diretoria da entidade, que terá Deyvesson Gusmão como diretor de Patrimônio Imaterial, Andrey Schlee como diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização, Desirée Tozi como diretora do Departamento de Cooperação de Fomento, Maria Silvia Rossi como diretora do Departamento de Planejamento e Administração, e Mariana Karam como procuradora-chefe da Procuradoria Federal do Iphan. Andréa salienta que a nomeação de Schlee é um passo importante para a arquitetura brasileira. O profissional, que também é professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU-UnB), é arquiteto e urbanista e tem uma vasta atuação e pesquisa pela preservação do patrimônio cultural.
O novo presidente do Instituto também destacou as ações que serão retomadas pela entidade nesta gestão. Entre elas, o Programa Nacional de Patrimônio Imaterial (PNPI), um Comitê Interdepartamental para a Preservação do Patrimônio Cultural de Matriz Africana e uma maior aproximação com a sociedade civil.
Foto: Danilo Matoso