Direitos trabalhistas e futuro das entidades de classe pautam live da FNA

O trabalhador brasileiro vê, aos poucos, inúmeras conquistas de seus direitos sendo perdidas. As reformas da previdência e trabalhista, aprovadas por governos neoliberais, visam o lucro dos empresários e oneram os funcionários quando exigem, por exemplo, que os trabalhadores paguem as custas dos processos trabalhistas. Acreditando que o momento atual de crise econômica, política e social causada pela pandemia de Covid-19 seja próprio para reforçar a luta sindicalista e discutir os seus próximos passos a FNA promove, no dia 18 de junho, às 19h, a live #4 “Cadê os direitos que estavam aqui? Dilemas do trabalho no Brasil”. Com participação do advogado Eymard Loguercio, do escritório LBS Advogados, e o presidente da Fisenge, Clovis Nascimento, o evento virtual será transmitido pelo Youtube e Instagram da Federação.

No contexto atual, Loguercio cita como exemplos a Medida Provisória (MP) 936/2020 e a MP 927/2020, que suspendem contratos de trabalho e reduzem salários “Nesse momento, o mundo inteiro diz que ninguém vai sair dessa crise sem diálogo social e sem o Estado investindo nessa garantia de direitos”, afirma Loguercio. Para ele, o um dos grandes problemas é a lógica excludente e de viés liberal, que não direciona esforços ao desenvolvimento social e dá vantagens aos mais ricos e às grandes empresas. “Não dá pra naturalizar coisas do tipo ‘para ter empregos, tem que ter menos direitos'”, pontua. Com as medidas de isolamento social, o advogado destaca a importância de iniciativas virtuais que visam mobilização para pressionar os governantes, como a live da FNA.

Para o presidente da Fiseng, o Brasil vive grandes dificuldades em face da pandemia, que mata milhares de pessoas. “Paralelamente a isso, é com muito pesar que assistimos a agenda neoliberal avançando na retirada de direitos da classe trabalhadora e asfixiando por todos os lados o povo brasileiro. Espero que aqueles que dizem que odeiam a política, mas que são governados por quem adora a política, nas próximas eleições ao invés de se auto anular, anulando seu voto, vote com consciência”, diz Nascimento. “A luta contra tudo isso está apenas começando e nós, da Fisenge, estaremos juntos com a FNA e tantas outras Federações e sindicatos na trincheira da resistência”. Para a presidente da Federação, Eleonora Mascia, que mediará o debate, o momento para fortalecer os movimentos sociais, bem como os sindicatos e entidades, é agora. “Precisamos garantir que não haja retrocessos nos direitos já conquistados. É a hora de nos unirmos e nos fortalecermos”, afirma.

Acesse a live e ative o lembrete para não perder aqui.

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