Dia do arquiteto e urbanista – 15 de dezembro

O Dia do Arquiteto e Urbanista, 15 de dezembro, é de nascimento de Oscar Niemeyer (1907-2012) – um arquiteto excepcional também envolvido na luta política contra as injustiças do mundo. Nesse dia simbólico, escolhido após a criação do CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo, as entidades de classe marcam a data com homenagens e um chamado à mobilização pelo desenvolvimento inclusivo sob os aspectos ambientais, sociais e econômicos.

A questão ambiental, o debate sobre a emergência climática e o impacto das ações humanas em nosso planeta são pautas fundamentais que reafirmam a importância da Arquitetura e do Urbanismo. Cheias, deslizamentos e outros desastres relacionados ao desequilíbrio com a natureza geralmente atingem áreas onde vivem as populações mais vulneráveis e sujeitas a riscos e deslizamentos. Por isso, para atingir a sustentabilidade ambiental é necessário superar os modelos de exploração do trabalho e ocupação territorial hoje vigentes – e nesse ponto a contribuição dos arquitetos e urbanistas é essencial. Se escassez e a dificuldade de acesso a políticas públicas afetam justamente aqueles que usualmente não contam com esses profissionais, devemos não apenas levar o seu trabalho a essas camadas sociais como também moldar os perfis de nossos profissionais às múltiplas demandas de nossa população.

A possibilidade de atuação em frentes no setor público, mas também em um mercado diversificado de demandas pelo trabalho do arquiteto e urbanista, trazem possibilidades de atuação em Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (Athis), promoção da saúde e saneamento, assim como projetos de melhorias urbanas que integram os territórios e preservam o patrimônio cultural e ambiental. As cidades inclusivas e que promovem qualidade de vida são acessíveis, com acesso a equipamentos de educação, saúde, lazer, cultura, com oportunidades de trabalho, espaços para economia solidária e iniciativas comunitárias que geram desenvolvimento.

Que Arquitetura e Urbanismo sejam garantidos através de políticas públicas e estejam dentro do orçamento para implementação de programas sociais. O profissional tem direito ao piso salarial digno e à formalização, com condições livres de acesso à formação continuada e aos meios para o exercício de seu ofício. Para que os profissionais possam se organizar coletivamente, com direito a assistência social e de saúde, defendemos uma tributação justa na proposta do Micro-empreendedor Profissional (MEP), de forma a atender grande parte dos profissionais sem vínculo empregatício.

A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas e seus sindicatos reafirmam o compromisso com a os princípios e valores da Arquitetura e do Urbanismo, que tornam a vida melhor para todos.

Rolar para cima