Continuidade do trabalho sindical e criação de grupos de estudo marcam segundo dia do CR

Discutir uma política institucional continuada, inserir os arquitetos na pauta trabalhista coletiva e deliberar grupos de atuação e estudo dos sindicatos foram os assuntos do segundo dia do Conselho de Representantes (CR) da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA). O encontro, realizado na sede da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF), em Brasília (DF), aconteceu neste sábado (20/05). O representante da VSS Contabilidade, escritório parceiro da FNA, Valtuir Silveira, apresentou um panorama dos desafios organizacionais. “Precisamos estruturar as nossas entidades e criar um planejamento que transcenda as gestões. A objetividade e continuidade são extremamente importantes para o movimento sindical, que tem sido fragmentado nos últimos anos”. Para o Saergs, há a necessidade de uma estratégia de funcionamento que unifique o método de trabalho dos sindicatos.

O estreitamento das pautas de luta com instituições coletivas, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), também foram destaque do dia. Encabeçado pela Conselheira Consultiva da FNA, Eleonora Mascia, a mesa discutiu o trabalho da Confederação dos Trabalhadores Técnicos e Universitários (Confetu), da qual a Federação faz parte, e o envolvimento dos diretores sindicais nos congressos coletivos de trabalho. “É importante que as entidades regionais estreitem suas relações com as Centrais Sindicais. Isso amplia nosso trabalho e angaria um maior campo de atuação”, reforça.

Visando ampliar as atividades e aproximar os arquitetos e urbanistas de outras pautas, o CR deliberou a criação de cinco Câmaras Técnicas para a gestão: Serviço Público, que vai debater a terceirização no funcionalismo e as carreiras de estado; Ética de Contratação entre os Arquitetos, que pretende estabelecer uma orientação para a prestação de serviços entre os profissionais; Equidade e Diversidade, que segue discutindo as questões de gênero, sexualidade e racismo no campo de atuação; Mercado de Trabalho e Escritório Popular, que abarca o Salário Mínimo Profissional (SMP) e o desenvolvimento das cooperativas; e a Política Habitacional e Social, que discute as políticas públicas de habitação social, assistência técnica e arquitetura no campo do serviço social.

O vice-presidente da Federação, Maurilio Chiaretti, destaca a importância de pluralizar esse espaço de trabalho social para os profissionais. A ideia é que a Câmara traga à tona as possibilidades de replanejamento dos albergues nas cidades e a importância de projetar espaços de atendimento, acessibilidade e acolhimento para os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). “A nossa inserção na saúde pública é uma atitude preventiva. A arquitetura e o acesso a construções seguras e que proporcionem uma vida de qualidade são ferramentas de diminuição da sobrecarga do Sus, do INSS e até do Suas, o Sistema Único de Assistência Social, um espaço promissor de entrada da nossa categoria”.

Na próxima reunião do CR, que deve acontecer de forma virtual, as Câmaras Técnicas devem trazer os primeiros resultados dos estudos e os encaminhamentos e objetivos de cada grupo de trabalho. O objetivo é que todas as informações desenvolvidas ao longo do ano sejam encaminhadas e debatidas durante o 47º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (Ensa).

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