Aproximação com outras bases sindicais é a meta das entidades

Articular com os demais profissionais envolvidos na área da construção civil e criar uma relação interdisciplinar nas discussões sobre a cidade foram os destaques levantados pelos sindicatos filiados à Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), durante a tarde desta sexta-feira (19/05), na reunião do Conselho de Representantes (CR). O vice-presidente da FNA, Maurilio Chiaretti, destaca que a aproximação com outras categorias pode, inclusive, gerar a oferta de serviços de habitação social para a categoria. “Temos sindicatos, como o de São Paulo, articulando com outras bases, como a dos marceneiros, por exemplo. Por que não nos aproximarmos, atendermos as demandas coletivas e ainda levar a pauta da moradia?”. A ideia já vem sendo implementada pelo Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Rio de Janeiro (Sarj). O tesoureiro da entidade, Rodrigo Bertamé, destaca que “para além das entidades de engenheiros, parceiros importantes de luta, temos conversado com o Sintcon (Sindicato dos Trabalhadores em Consultoria Engenharia e Projetos), a FNE (Federação Nacional dos Estivadores) e o Sintec-RJ (Sindicato dos Técnicos Industriais). Além de um trabalho futuro com a Asfoc (Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública)”.

A interdisciplinaridade também foi tópico de discussão. A diretora geral do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Paraná (Sindarq-PR), Iara Beatriz Falcade Pereira, ressalta a importância do trabalho aliado com outras frentes e da necessidade de formar um arquiteto com olhar periférico. A profissional destaca que a atuação em comunidades, assentamentos e no campo também precisa de um preparo jurídico e social frente às adversidades e ao modo de viver daquela população, que difere dos contextos urbanos. O reflexo da necessidade dessa formação plural também vem de encontro à um dos objetivos traçados pela FNA para a atual gestão: retomar as cadeiras e os espaços nos conselhos nacionais, estaduais e municipais extintos. A presidente da entidade, Andréa dos Santos, explica que há uma urgência em “conscientizar sobre a importância da presença dos arquitetos nesses espaços de decisão. Nosso trabalho é sinônimo de saúde, de moradia, de qualidade de vida. Não podemos permear as discussões, precisamos estar no centro delas”.

A tarde de trabalhos também contou com um levantamento, realizado pelo Secretário de Organização e Formação Sindical da Federação, Paolo Pellegrino, sobre a situação dos sindicatos de arquitetos no país; as tratativas da entidade com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na articulação com os servidores públicos e a compreensão de onde estão e como são os arquitetos no funcionalismo; e a apresentação das atividades e mobilizações dos Sindicatos de Arquitetos da Bahia (Sinarq-BA), Minas Gerais (Sinarq-MG), São Paulo (Sasp), Paraná (Sindarq-PR), Mato Grosso do Sul (Sindarq-MS) e Rio Grande do Sul (Saergs).

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