Conheça as vencedora do 18º Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano: Eloisa Maria Adami Giazzon

Nascida em Caxias do Sul/RS, Eloisa Maria Adami Giazzon graduou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1980. Ela realizou sua pós-graduação em Desenvolvimento Urbano e Gestão Ambiental pela Universidade da Região de Joinville, no ano de 2002, e também Mestrado em Engenharia Civil, na Área de Meio Ambiente, pela UFRGS, em 2016.

Sua experiência profissional é centrada no urbanismo, em gestão de políticas públicas na área urbana e habitacional, com ênfase em intervenções em assentamentos precários com envolvimento das comunidades e também na área de gestão de risco de desastres.

Eloisa desenvolveu o interesse pela atuação junto aos assentamentos precários ao participar, depois de alguns anos de formada, de um seminário oferecido pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia na sua cidade natal. Posteriormente, a arquiteta começou a se envolver com as reuniões e teve a oportunidade de fazer o curso de monitores em cooperativismo habitacional, promovido em Porto Alegre, na década de 1990.

A arquiteta acredita que querer atuar nessa área resulta da visão de mundo que ela tem. Ainda afirma que, para ela, a questão de justiça social é muito importante “Nas cidades, as desigualdades se expressam de uma maneira muito forte na ocupação do território, nas precariedades e vulnerabilidades dos locais e das moradias onde a população mais empobrecida vive”, explica.

Nesse contexto, a partir de seu envolvimento com cooperativas habitacionais, Eloisa foi convidada para ser assessora técnica da Secretaria de Habitação de Caxias do Sul. Atuou durante o período de duas gestões na prefeitura da cidade e começou, a partir da observação das áreas de risco ao seu redor, a se interessar também pela temática dos desastres naturais e gestão de risco. “As políticas públicas existem para cuidar do bem-estar da população, então, atuar sob a ótica da gestão de risco hoje não é só um tema de defesa civil, os desastres que estamos vivenciando e as mudanças climáticas demonstram isso. É um tema que perpassa os setores de cada administração, seja municipal, seja estadual ou do próprio governo federal, devendo envolver a sociedade”, afirma a arquiteta.

Posteriormente em sua formação, Eloisa escolheu seguir o ramo da pesquisa atuando no Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CEPEDRS/UFRGS). Também atuou como pesquisadora e gestora do Grupo de Gestão de Risco de Desastres (GRID), ainda na UFRGS.

Para a profissional, a oportunidade de participar do GRID foi essencial, “o grupo se voltou também a ter uma atuação envolvendo as comunidades em processos participativos, que possibiltaram o desenvolvimento de metodologias, entre elas uma tecnologia social para redução de vulnerabilidades socioambientais em comunidades onde há áreas de risco”, comenta. 

Atualmente ela atua como consultora autônoma e integrante da equipe técnica nas temáticas de Processo Participativo e Capacitação, na elaboração da proposta para o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e também integrante da equipe técnica da Latus Consultoria, Pesquisa e Assessoria de Projetos Ltda, sendo responsável pelo tema gestão de riscos na revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental do Município de Parobé, RS.

Em 2023, Eloisa recebe o 18º Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano por sua trajetória profissional voltada a pautas de extrema importância para o bem social.

Rolar para cima