Mais uma vez o estado do Rio Grande do Sul é atingido por fortes chuvas, enchentes e transbordamento de rios. Até o momento são inúmeros estragos em diversas cidades, pessoas desabrigadas, bens perdidos e, o pior, vidas levadas. Até o momento, pelo menos 13 pessoas morreram no estado.
Como estamos vendo nos últimos meses, as condições climáticas do mundo todo estão mudando. Estas mudanças são efeito do aquecimento global, do desmatamento de áreas verdes, da urbanização desmedida e da exploração por parte do homem. O Rio Grande do Sul é apenas um exemplo de outros inúmeros casos que vimos ao longo de 2023 e que seguem ocorrendo, até de forma pior, em 2024.
A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e seus sindicatos filiados pedem, neste momento, que o poder público, os governantes, se mobilizem para ajudar as diversas famílias que estão ilhadas, sem casa, sem alimentos e, inclusive, aguardando socorro em cima de telhados dada a situação de alagamento de várias áreas. Neste momento de calamidade pública, a principal preocupação deve ser a manutenção da vida, o bem mais precioso que temos.
A longo prazo, esperamos que medidas efetivas sejam tomadas para que se evite ao máximo este tipo de situação. Precisamos que a população como um todo torne-se ciente dos malefícios da exploração desenfreada do meio ambiente, e que os governantes preparem seus estados e municípios para enfrentar estas intempéries com o mínimo de danos possíveis. Isto só será possível com a realização de um trabalho intenso, com uma equipe multidisciplinar, que possa criar planos de contenção e medidas protetivas para as cidades e pessoas que vivem nelas.
Infelizmente, estas situações já se tornaram uma realidade no Brasil e no mundo. O poder público tem um compromisso de criar formas de enfrentamento, formando cidades resilientes e preparando a população, os servidores públicos e as equipes para atuar nestes casos graves, mas também criar locais preparados para encarar os problemas decorrentes das mudanças climáticas. Vamos precisar de recursos humanos, físicos e de equipamentos para poder atender estas situações que vão ocorrer, infelizmente, cada vez mais, já que trata-se de um problema global.
Foto: Jonathan Heckler / Agência RBS