Censo 2022 demonstra urgência em políticas de habitação social

O recente Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) este ano, trouxe à tona um cenário marcante: várias capitais brasileiras enfrentaram quedas significativas em suas populações nos últimos 12 anos. Reduções superiores a 5% foram observadas em cidades como Salvador, Natal, Belém e Porto Alegre, gerando discussões sobre os motivos e implicações desse fenômeno demográfico. Uma análise aprofundada revela que a habitação social e a importância da construção de moradias nas áreas centrais das cidades emergem como fatores cruciais nesse contexto.

A queda populacional nas capitais do Brasil tem sido influenciada por diversos fatores, como custo de vida elevado, busca por melhor qualidade de vida e migração para localidades com menor custo. No entanto, um fator fundamental que merece atenção é o preço do solo urbano. O aumento constante dos preços das propriedades nas áreas centrais das cidades tem dificultado o acesso à moradia para muitos cidadãos, especialmente para as camadas de renda mais baixas. Esse cenário tem gerado um movimento de periferização, afastando a população dos centros urbanos e agravando o esvaziamento dos centros urbanos. Consequentemente, a dinâmica social e econômica das capitais brasileiras tem sido transformada.

A presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Andréa dos Santos, aponta para a necessidade urgente de políticas públicas voltadas para a habitação social nas áreas centrais das capitais. “Ações que incentivem a construção de moradias acessíveis, combinadas com infraestrutura de transporte público eficiente, podem reverter o processo de periferização e revitalizar os centros urbanos”, complementa a dirigente.

*Com informações de Agência Brasil

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