Arquitetos e urbanistas aproveitaram o Dia Internacional dos Museus (18/05) para promover um abraço simbólico no Palácio Rio Branco, edificação histórica situada no Centro Histórico de Salvador (BA). Promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento da Bahia (IAB-BA), o ato justifica-se pela possibilidade de o local, ainda não tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ser utilizado para exploração comercial no modelo Parceria Público-Privada (PPP). O Palácio detém importante acervo histórico e artístico e o Memorial dos Governadores, além de o espaço ter sido sede do governo baiano.
Para a vice-presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Eleonora Mascia, que esteve presente na manifestação, a preservação da memória é um compromisso que deve ser assumido pelo Poder Público. “Repassar para a exploração comercial privada o Palácio Rio Branco, um dos principais ícones do Centro Histórico de Salvador, é diminuir seu significado enquanto bem público de grande importância para o patrimônio cultural e a história brasileira”, frisa.
De acordo com a presidente do IAB-BA, Solange Araújo, além dos arquitetos e urbanistas, o evento mobilizou também turistas, o que gerou impacto na imprensa e no poder público local. A principal reivindicação da entidade é que o prédio seja tombado para que, ao menos, seu acervo seja preservado. O tombamento, que já teve solicitação encaminhada ao Iphan, condiciona à aprovação prévia quaisquer modificações na obra.
Fotos: Daniel Colina