Arquitetos e urbanistas aprimoram suas habilidades com projetos da FNA

A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), enquanto entidade sindical, conquistou e reforçou direitos para os arquitetos e urbanistas de todo o país. Ao longo dos anos, a FNA desenvolveu maneiras eficientes de pensar e fazer arquitetura e urbanismo que sejam voltadas para a melhoria profissional, contribuindo assim para a ampliação da melhoria da qualidade de vida da população que vive dentro e fora das cidades.

Com atualmente três projetos, a Federação procura viabilizar uma linha direta de comunicação com as entidades sindicais de arquitetos e urbanistas e com a sociedade. ArqPop, Solare – Softwares Livres para Arquitetura e Engenharia e T.A.B.A. – Trabalhadores Articulados em Benefício da Arquitetura. Todos esses projetos têm por objetivos garantir a ampliação da qualidade das relações de trabalho, sejam pessoas físicas ou empresas, redução da precariedade de trabalho do arquiteto e urbanista e maior acesso às tecnologias disponíveis e informações adequadas.

O ArqPop, criado em 2022, é meio de divulgação para trabalhos (solo ou coletivos) de arquitetos e urbanistas que atendam as demandas da sociedade e se volta à arquitetura popular, mas também a ações de atuação profissional que sejam inovadoras e fundamentais para a consolidação dos profissionais em sua área de atuação. Presente em 11 dos 27 estados brasileiros, o portal objetiva difundir e multiplicar as diversas frentes de atuação dos arquitetos e urbanistas, além de fomentar a difusão de culturas próprias dessas novas fronteiras de atuação profissional, dando visibilidade e reconhecimento às boas práticas em cada uma delas. 

Karla Moroso de Azevedo, arquiteta e urbanista e sócia do escritório porto-alegrense AH! Arquitetura Humana, que executou o projeto junto à Federação, reforça “o conhecimento técnico para atender demandas populares e demandas mais sociais, até da arquitetura e do urbanismo, mostrando como nossa profissão é importante”.

O ArqPop procura mapear essas ações e projetos e agrupá-las no site para ganhar relevância enquanto repositório de experiências dentro do segmento. Karla complementa que “[o ArqPop] tem esse grande potencial de consulta, um lugar de pesquisa para arquitetura popular”.

Já o Solare é um programa de fomento ao uso e desenvolvimento de softwares livres necessários à prática da arquitetura, urbanismo e engenharia. O projeto, realizado pela FNA contou e conta com o apoio dos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo nos estados brasileiros. Especialmente em 2023 o Rio Grande do Sul  e o Rio de Janeiro (CAU-RS/CAU-RJ) foram importantes parceiros, além de outros estados que realizaram cursos presenciais e apoiaram institucionalmente. O Solare parte de duas frentes: a comunidade de usuários – os profissionais de arquitetura e engenharia – e a comunidade de desenvolvedores. Com a intersecção de ambas, estão os profissionais que auxiliam no desenvolvimento dos softwares. Ou seja, há o estímulo à formação e organização da comunidade de usuários de modo a manter uma comunidade de desenvolvedores de acordo com seus propósitos.

O Solare, desde 2020, tem como objetivo mobilizar as categorias por seus direitos, fortalecendo as entidades de classe e padronizar os métodos de trabalho por diversas categorias profissionais, permitindo a intercambiabilidade de informações segundo métodos normatizados.

De acordo com o coordenador da iniciativa, Danilo Matoso, há um novo paradigma no desenvolvimento de projetos: “Tal mudança cultural ocorre durante a graduação desses novos profissionais, pois é na universidade que escolhem as ferramentas que se especializarão. Muitos não dispõem de recursos para arcar com os custos de certos softwares e para seguir aplicando o conhecimento adquirido, optam pelo uso de programas piratas”.

Iniciado em 2021, o projeto T.A.B.A., realizado pela FNA em conjunto com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil  (CAU/BR) em parceria com o Arquitetura Humana, consiste no desafio de enfrentar a precariedade nas relações de trabalho, legislações que protegem a classe profissional e fomento a ações voltadas à habitação de interesse social. A realização de uma pesquisa junto a 83 arranjos de trabalho promovidos por arquitetos e urbanistas formados nos últimos cinco anos com atuação em projetos de interesse social.

Segundo texto da Federação no documento, “o projeto T.A.B.A. – Trabalhadores Articulados em Benefício da Arquitetura é lançado como parte da política pela valorização do trabalho do Arquiteto e Urbanista. Acreditamos que a consciência de classe e o saber atuar por uma coletividade são partes de um contexto amplo, que envolve diversos segmentos.”

“Nós arquitetos lutamos para que os municípios se apoderem da Lei de Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social para atender a população de baixa renda. O que é igualmente importante para a categoria [dos arquitetos], já que também há uma abertura de mercado”, afirma a vice-presidente do Sindarq/MS, Kelly Hokama.

A respeito do projeto, Kelly ressalta que “o T.A.B.A. tem potencial de assessoria para os sindicatos e para os municípios, atendendo de forma eficaz e eficiente”.

Andréa dos Santos, presidente da FNA, salienta que “os projetos criados pela Federação não são projetos somente para a categoria dos arquitetos e urbanistas, também representam marcos importantíssimos para a história do nosso sindicalismo, aproximando, trocando e expandindo conhecimento, visam garantir maior qualidade de trabalho aos arquitetos e urbanistas e procura garantir a divulgação das mais diversas áreas de atuação, melhores condições de organização para o trabalho e a inserção de novas tecnologias adequadas, livres e de menor custo para a estruturação do local de trabalho”.

Foto: Freepik

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