A arquiteta e urbanista Amadja Henrique Borges, de Natal (RN), foi a vencedora do 11º Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano, da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), na categoria Área Pública. Amadja desenvolveu um trabalho com foco social na área de produção habitacional em área rural. A produção foi feita com o Grupo de Estudos em Reforma Agrária e Habitat (GERAH) do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFRN. O grupo de pesquisa viabilizou moradia para as famílias assentadas em projetos da reforma agrária no estado do Rio Grande do Norte, em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA/RN).
Graduada em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco, a arquiteta fez cursos de mestrado e doutorado na França, entre 1979 e 1983, e concluiu o doutorado em arquitetura e urbanismo na Universidade de São Paulo (USP), em 2002. Além disso, fez pós-doutorado na Universidade de Paris X, sob a direção de Philippe Gervais-Lambony sobre habitat social na França, em 2014. Também já foi diretora da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA), entre outras representações. Nos últimos anos, destacou-se pela criação e a coordenação do I Colóquio Habitat e Cidadania: Habitação de Interesse Social.
Atualmente, a arquiteta e urbanista desenvolve projetos e orienta teses, dissertações e monografias, além de bolsistas de pesquisa, extensão e apoio técnico nas áreas de habitação social, estudo da obra do filósofo francês Henri Lefebvre, movimentos sociais e conflitos na cidade e no campo, sobretudo o MST. Além disso, elabora e acompanha projetos e construções em regime de mutirão em habitats de assentamentos rurais, na busca de traduzir para o espaço as concepções e organicidade dos movimentos envolvidos.