Elas na Arquitetura e Urbanismo: Lugar das mulheres? TODOS!

Ser mulher em qualquer profissão é uma luta diária contra o machismo e na arquitetura e urbanismo não é diferente. Apesar de ser uma profissão marcada pela predominância feminina, as dificuldades se iniciam no primeiro semestre da faculdade e se agravam ao decorrer da carreira. As mulheres ainda são vistas como minorias que não possuem o direito de habitar todos os lugares.

Em comemoração ao Dia da Mulher, a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) convidou 10 arquitetas e urbanistas para falar sobre os desafios da profissão.

Por meio de vídeos postados no Instagram oficial da FNA, elas relataram como é ser mulher na arquitetura. A presidente da Federação, Andréa Dos Santos, falou em seu post:

“Ser mulher na arquitetura é trabalhar aonde ela quiser, é ser forte e é ser potente […] ter a capacidade de lutar por um mundo melhor, de lutar por uma cidade mais justa e igualitária, é lutar por uma moradia digna.” 

Eleonora Mascia, ex-presidente da FNA, falou sobre como os números não refletem a realidade do dia a dia. “Apesar de sermos maioria na profissão, ainda vivemos em um mundo que vê, muitas vezes, a mulher como a pessoa que precisa ficar em casa e não participar dessa luta coletiva.”

Quando perguntadas sobre preconceitos dentro da profissão, a secretária geral da FNA, Dânya Silva, narrou momentos delicados de sua carreira, sendo marcada por desigualdade de gênero e apagamento de sua voz, atitudes essas que afetaram, inclusive, a vida pessoal. “Você tem que se transformar em homem para dar ordens como homem, porque como mulher, você não tem espaço”, disse Dânya.

Valeska Peres Pinto, ex-presidente da FNA, mencionou em seu vídeo: “Somos maioria numérica na população, entre os eleitores, entre os estudantes, entre os arquitetos, mas isso ainda não se transformou em força, em empoderamento.”

Março é um mês de reflexão. A luta não é apenas por presença, mas por respeito, voz e oportunidades iguais. É um mês para celebrar conquistas, mas também para reforçar a necessidade diária de mudanças estruturais. 
Também participaram da ação a professora no programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (PPG-FAU/UnB) Liza Andrade, Karla Moroso, Sócia do escritório AH! Arquitetura Humana, Ivana Jalowitzki doutora em regeneração urbana, Bianca Tupikin, vencedora do Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano de 2024, Luzineide Ramos, diretora de Políticas Sociais do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP), e Marinéia Lazzari Chiovatto, diretora de Relações Institucionais e Políticas Públicas do SASP.

A campanha 8M segue durante o mês de março. Para participar, basta gravar seu vídeo e postar no Instagram marcando a FNA como colaboradora.

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