40 anos do MST: luta pela terra e a garantia de moradia para todos

Nesta semana, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), completou 40 anos de luta pela terra, a qual se soma à garantia do direito à moradia. O movimento se faz presente em 24 estados do país, e as ações do grupo foram essenciais para combater a concentração de terra no território brasileiro.

O 1° Encontro Nacional dos Sem Terra ocorreu em 22 de janeiro de 1984, no Paraná, e reuniu camponeses, agricultores, posseiros e excluídos rurais para a formação do movimento que buscava, e busca ainda hoje, lutar contra as desigualdades no Brasil.

Por meio de ocupações, manifestações de rua e resistência no campo e nos órgãos públicos, movimentos como o MST têm papel essencial como instrumento de luta pela reforma agrária e articulação pela conquista e manutenção do direito por terra, alimentos e moradia digna para a população frente às instituições governamentais, os grandes latifundiários e a elite brasileira.

A presidente da FNA, Andréa dos Santos, ainda ressalta o importante papel do MST na luta pela destinação social dos espaços vazios e não produtivos no Brasil. “A moradia é um direito de todos e o MST enquanto movimento de luta é fundamental para essa conquista, principalmente na garantia da habitação rural para os agricultores e trabalhadores do campo”, explica ela.

Ao longo dos anos, o movimento expandiu, buscando qualidade de vida para as comunidades rurais por meio de saúde, educação e condições dignas para a vida no campo. Além disso, o MST também comercializa e compartilha os produtos da reforma agrária, estimulando a economia nacional e auxiliando os mais vulneráveis. Atualmente, contam com mais de 400 mil famílias assentadas e 70 mil acampadas, que estão constantemente sofrendo violência de grandes produtores rurais do agronegócio e lutando por seus direitos e melhores condições de vida.

Foto: Arnaldo Felix

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