Servidores técnico-administrativos de 33 universidades federais do Brasil aderiram à greve em protesto à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Executivo federal que congela por 20 anos os investimentos em educação, saúde e outros gastos sociais. A categoria também cruzou os braços para dizer não à medida provisória (MP 746) que estabelece a reforma do Ensino Médio, enfraquecendo a educação pública.
Ao todo, são 51 universidades federais no Brasil. De acordo com quadro da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), divulgado na quinta-feira (27/10), 30 delas estão em greve desde o dia 24 deste mês. Três instituições paralisarão os trabalhos um pouco depois. Na região Nordeste, a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) entrará em greve no dia 31 de outubro. Já a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) vai parar a partir do dia 9 de novembro. Na região Sul, os técnico-administrativos da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) param no dia 8 de novembro.
Os servidores técnico-administrativos da Universidade de Brasília compõem o quadro dos grevistas desde o último dia 24. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), o movimento é crescente. Setores de serviços essenciais da universidade, como o Hospital Universitário, o Restaurante Universitário e o Hospital Veterinário, funcionam com pelo menos 30% do quadro de pessoal, como determina a lei. Os demais setores apresentam percentuais diversos de adesão ao movimento paredista. A Biblioteca Central está totalmente parada.
A chamada PEC da Morte tinha o número 241 e foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados. Agora, a proposta está no Senado com o número de PEC 55 e também será votada em dois turnos na Casa. Provavelmente, as sessões plenárias do Senado para análise da proposta serão realizadas no dia 28 de novembro e 13 de dezembro.