Seminário aborda os desafios da luta sindical para enfrentar o desemprego

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza nesta terça-feira (24/5), em São Paulo, o seminário Enfrentando o desemprego – desafios para a luta sindical. O público-alvo são dirigentes, assessores sindicais e pesquisadores. A programação ocorre das 9h às 17h30, no auditório da Escola Dieese de Ciências do Trabalho, no Centro de São Paulo. A atividade é em parceria com as centrais sindicais CUT, CTB, CSB, Força Sindical, NCST e UGT.

 

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Na pauta do encontro está a Nota Técnica – Impactos da recessão econômica e do ajuste fiscal sobre o mercado de trabalho no Brasil, que analisa a evolução dos principais indicadores do mercado de trabalho brasileiro no período recente com foco no desempenho apresentado a partir do último ano, quando a recessão econômica se aprofunda no País. O documento reúne e organiza dados, de diferentes pesquisas, que cobrem do terceiro trimestre de 2014 até março de 2016.

 

Grande parte do trabalho tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad Contínua/IBGE). Segundo o levantamento, a taxa de desemprego passou de 6,5%, no último trimestre de 2014, para 10,9% no primeiro trimestre de 2016, um aumento de 4,4 pontos percentuais. O total de trabalhadores desocupados nos três primeiros meses deste ano foi estimado em 11,1 milhões de pessoas no país.

 

Entre o primeiro trimestre de 2015 e o mesmo período de 2016, estima-se que houve redução de quase 1,4 milhão de empregos formais, com registro em carteira de trabalho, e de cerca de 327 mil ocupações informais, sem carteira de trabalho assinada. Ao mesmo tempo, houve movimento de ampliação de ocupações em postos de mais precários, com menos proteção da legislação trabalhista, como o trabalho por conta própria (aumento de 1,4 milhão de ocupados) e o doméstico (202 mil).

 

Já o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, revelou que o país fechou 1,5 milhão de postos de trabalho com carteira assinada em 2015, um dos piores resultados de toda a série histórica da pesquisa. O trabalho traz ainda dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pelo DIEESE, a Fundação Seade e parceiros regionais nas regiões metropolitanas de São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza e no Distrito Federal.

 

Uma das evidências é que a deterioração do mercado de trabalho brasileiro é resultado direto da rápida diminuição do crescimento econômico.

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