Morte de Marielle Franco completa um ano com atos no país e no mundo

As mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes completaram um ano nesta quinta-feira (14/3) e foram lembradas por diversas manifestações pelo país e no mundo. No Congresso Nacional, a bancada do PSOL fez um ato no Salão Verde. Os parlamentares usaram camisetas com a pergunta: “Quem mandou matar Marielle?”.

Também ocorreram mobilizações no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia, entre outros. Em Porto Alegre, houve uma manifestação na Esquina Democrática. Entre os atos, chamou a atenção a placa com o nome da vereadora, que tornou-se símbolo na busca por justiça. Marielle Franco e o motorista foram assassinados, na noite do dia 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro, quando ela saía de um evento político.

Em um artigo publicado na Carta Capital, a arquiteta e urbanista Tainá de Paula abordou o assassinato da vereadora. No texto, ela faz a pergunta: “Por que o Rio de Janeiro foi a cidade que executou uma parlamentar negra defensora dos direitos humanos?”. Ela, que trabalhou com Marielle, faz ainda uma reflexão sobre a cultura da violência e punitiva e militarizada, as milícias e o poder do Estado. “Nesse sentido, Marielle é sem dúvida mais uma vítima do avanço em curso de um projeto de poder motivado por lógicas torpes, que maculam de forma irreversível em curto prazo as esferas de participação e democracia no Estado”, ressalta.

As investigações levaram a prisão de dois suspeitos nessa semana. Ronnie Lessa, suspeito de efetuar os disparos, e Élcio Vieira de Queiroz, suspeito de ter dirigido o carro que seguiu a vereadora.

Foto: Luiz Sarmento

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