O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, apresentou nesta quarta-feira (25 de março), em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal, em Brasília, as ações do Ministério das Cidades para os próximos anos. Kassab destacou que programas habitacionais serão prioridade em sua gestão, mas que projetos para a área de mobilidade e de melhoria na distribuição de água também estão em pauta.
“Em algumas semanas vamos lançar o Minha Casa, Minha Vida 3. Outros projetos estão sendo formatados e elaborados”, anunciou. Para Kassab, programas da área, incluindo o Minha Casa Minha Vida, sofrem aportes mais significativos de fundos de pensão e do setor privado. “Nos últimos oito anos os investimentos estiveram na ordem de R$ 100 bilhões por ano, e é com esse cenário que trabalhamos. Nossas políticas são de longo prazo, sendo assim podemos atingir R$ 800 bilhões também nos próximos oito anos”, afirmou.
Kassab disse que trabalha com o objetivo de que o programa Minha Casa Minha Vida chegue a 25 milhões de pessoas, o equivalente a um oitavo da população brasileira. “Temos muitos recursos para isso, e a parceria com a Caixa na gestão é muito bem-sucedida. Em cada município que eu vou tem uma unidade do programa com milhões pra investir.
O ministro também destacou o PAC Mobilidade, cujos investimentos podem chegar a R$ 50 bilhões em parcerias com Estados e municípios em projetos de transporte. Garantiu que o ministério está de portas abertas e deseja negociar com senadores projetos de infraestrutura nas regiões que representam. “A verdade é que, enquanto não houver um novo pacto federativo, estados e municípios necessitarão de parcerias com o governo federal. Não possuem orçamento para grandes projetos”, comentou.
Durante a reunião, o ministro informou que as políticas geridas pela pasta sofrerão cortes “menos duros”, em virtude do ajuste fiscal. “A presidenta Dilma reiterou em reuniões ministeriais que o Minha Casa, Minha Vida, o PAC Mobilidade e as políticas de saneamento básico continuam sendo prioritárias. Os cortes serão mais suaves, menos perceptíveis por parte da população”, destacou.
Com relação à crise hídrica e o desperdício de água no país, especialmente em São Paulo, Kassab garantiu que estuda com a equipe técnica do ministério a adoção de critérios mais rígidos e a cobrança por uma boa gestão na realização de convênios em busca de novos investimentos. O secretário de Mobilidade Urbana, Dario Rais Lopes, e o secretário de Saneamento Ambiental, Paulo Ferreira, acompanharam a audiência.