Livro do Arquiteto e Urbanista Ângelo Arruda sobre o planejamento urbano de Campo Grande está disponível para download

O Arquiteto e Urbanista Ângelo Arruda, também 2º Vice-Presidente da FNA, lançou em agosto deste ano o livro Raízes do planejamento urbano em Campo Grande e a criação do Planurb. A obra, que relata o histórico da urbanização do município e o desenvolvimento da Unidade de Planejamento Urbano da cidade, agora está disponível para download nesta página. Há 25 anos, Arruda participou da criação da instituição e do Conselho Municipal de Desenvolvimento e Urbanização de Campo Grande. Ele explica a trajetória de crescimento do município e o papel do Planurb nesse contexto.

De acordo com o autor, as bases do planejamento urbano na capital do Mato Grosso do Sul datam do início do século XX, com a elaboração do Código de Posturas pela Câmara Municipal (1905), a aprovação da primeira planta da vila com um traçado ortogonal (1909) e a primeira ampliação do sítio urbano da cidade (1910). Porém, ele destaca, o crescimento da localidade exigiu a ampliação do sítio para a região norte (que foi realizada em 1921 pelo engenheiro Camillo Boni) e a criação do primeiro Plano Diretor, aprovado em 1941.

Em 1965, o zoneamento da cidade foi alterado, sintoma do crescimento desordenado. À época, Campo Grande contava com uma população próxima dos 120 mil habitantes, segundo o autor. Nos anos seguintes, foram desenvolvidos dois planos diretores – um de 1969, outro de 1977. Em 1987, durante a gestão do então prefeito Juvêncio César da Fonseca, foi criada a Unidade de Planejamento Urbano (Planurb) para orientar o desenvolvimento de Campo Grande. “A cidade já era capital de estado em 1979 e crescia vertiginosamente e, portanto, seu sítio urbano estava descontrolado e desordenado em termos urbanísticos”, aponta Arruda. O Arquiteto e Urbanista também ressalta as outras datas fundamentais para a atual configuração urbana do município: “foi elaborada a Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo de Campo Grande em 1988 e sete anos depois, em 1995, um novo Plano Diretor entre em vigor e perdura até os dias de hoje”, lembra.

Sobre as perspectivas do Planurb frente às transformações observadas no município desde a criação da instituição, o autor esclarece que a comunidade acadêmica tem papel central na continuidade dos estudos sobre o desenvolvimento urbano da capital. “Há um enorme trabalho de pesquisa a ser realizado, para que a (Universidade Anhanguera) Uniderp, através do seu Curso de Arquitetura e Urbanismo, ofereça à comunidade análises precisas acerca da evolução urbana de Campo Grande, sob a ótica dos planos diretores e demais normas legais”, afirma o Arquiteto e Urbanista.

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