O restauro de bens tombados no país pode avançar nos próximos anos se, de fato, não se perderem pelo caminho os recursos da ordem de 1,6 bilhão de reais anunciados pelo governo federal para a recuperação de construções. É com esse valor que o Ministério da Cultura promete colocar em em prática as ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas e será aplicado ao longo dos próximos três anos.
O PAC Cidades Históricas é um projeto formulado pelos Ministérios da Cultura e do Planejamento e também pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), tendo sido oficialmente lançado em 20 de agosto em São João del-Rei (foto), em Minas Gerais.
Além dos recursos para as obras que serão destinadas a 44 cidades do país, o governo informou que existem outros 300 milhões de reais de linha de crédito para o financiamento de restauro e obras em imóveis privados, localizados em áreas tombadas.
Para a presidente do Iphan, arquiteta Jurema Machado, inserir o patrimônio histórico no programa estratégico de desenvolvimento é uma medida emblemática. “Os investimentos – o maior volume já disponibilizado para o IPHAN em toda a sua trajetória – significam também mais vitalidade para os ambientes urbanos, tendo o patrimônio cultural como vetor de desenvolvimento”, avaliou
O governo informou, ainda, que o PAC Cidades Históricas quer ir além da conservação dos imóveis tombados e privilegiar a recuperação de edificações destinadas a atividades que favoreçam a vitalidade dos sítios históricos. Por isso, na relação das mais de 400 obras previstas no programa, 115 serão em imóveis que abrigam equipamentos culturais (teatros, cinemas e bibliotecas, e museus) cujos edifícios também serão recuperados.
Fazem parte desas obras, o sistema de fortificações do litoral brasileiro e edificações ferroviárias que hoje estão sob a tutela do Iphan, nas quais se incluem o complexo de Paranapiacaba, no município paulista de Santo André.