A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) dará início, nas próximas semanas, a uma nova campanha de fortalecimento do movimento sindical e pela união da categoria alicerçada na bandeira do sindicato como agente de diálogo. Nesse cenário, trará à tona temas relevantes para as cidades brasileiras de forma a pautar o debate na sociedade e abrir interlocução com o governo em âmbitos nacional, estadual e municipal. Segundo a presidente da FNA, Andréa dos Santos, a ideia é criar uma agenda de encontros com integrantes do governo, parlamentares e lideranças em Brasília.
O próximo passo será focar em ações junto aos municípios ao lado dos sindicatos para dar eco a esse movimento nas regionais por meio dos sindicatos filiados. “A FNA já realizou reunião com alguns integrantes do governo ao lado do CEAU e, agora, precisa amplificar a pauta com os deputados eleitos e que, de uma forma ou de outra, têm interlocução com a nossa pauta de direito à cidade, valorização dos espaços públicos, acesso à arquitetura para todos e, acima de tudo, valorização do trabalhador”, frisou. Além disso, pontuou Andréa, a nova diretoria trabalhará pela implantação do programa Microempreendedor Profissional (MEP) para Arquitetura e Urbanismo porque entende que esse projeto formaliza a situação de muitos arquitetos e urbanistas brasileiros. “O MEP é um avanço porque valoriza o profissional e, consequentemente, toda a categoria”, citou em reunião realizada em Brasília na sexta e no sábado (10 e 11/2).
Presente ao encontro, o vice-presidente da FNA, Maurílio Chiaretti, destacou que as deliberações se alinham ao que foi discutido no último Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA) e reforçou a importância do programa Microempreendedor Profissional. “Sua implementação vai desburocratizar a emissão de notas fiscais, pagamentos de impostos, assim como para reverter benefícios aos profissionais liberais como na aposentadoria e através da seguridade social aos arquitetos autônomos”.
Nesta que foi a primeira reunião da diretoria eleita para o biênio 2023/2025, também tratou-se da questão financeira da federação, dos projetos de apoio aos sindicatos e da continuidade de ações como o Solare, TABA e Arqpop. “A FNA dará todo apoio possível aos sindicatos porque entendemos que precisamos fortalecer essa rede regional de defesa do trabalhador para que assumam todo o seu protagonismo, algo tão importante para defender a arquitetura. E, ao defender a arquitetura, também estamos protegendo todos os profissionais”, completou Andréa. Segundo a nova diretoria da FNA, a pauta política será prioridade, mas também será preciso reposicionar os sindicatos, ganhar presença em regiões onde não há representação e fortalecer a atuação em áreas essenciais. “A arquitetura é coletividade. Precisamos estar juntos para garantir força para buscar moradia digna e assistência a todos”.
Foto: Edinardo Rodrigues Lucas