FNA integra reunião sobre educação no campo e nas periferias

Na manhã de quinta-feira (17/10), a presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Andréa dos Santos, acompanhada da presidente do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Paraná (Sindarq/PR), Iara Beatriz Falcade Pereira, participou de reunião com o corpo docente e coordenação do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).

No encontro, trataram sobre a pauta de educação do campo e nas periferias, garantindo educação a estudantes vindos da reforma agrária e dos movimentos de luta por moradia. Por parte da UNILA, participaram a reitora Diana Araujo Pereira, o vice-reitor Rodne de Oliveira Lima, a coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo Juliana Frigo, a professora e pró-reitora de extensão Andréia Moassab, o pró-reitor de graduação, Antonio Felisberto, e a chefe de gabinete, Senilde Guanaes. Pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), participou Maria de Lourdes Lopes, pelo Ministério das Cidades, João Huguenin, coordenador de produção associativa, pelo Parque Tecnológico de Itaipu, o arquiteto e urbanista Gustavo Grzybowskie os docentes da Universidad Nacional de México, Francisco Espinoza e Francisco Hernandez.

Segundo a presidente da FNA, a proposta é criar um curso de arquitetura e urbanismo, através do Programa Nacional de Educação da Reforma Agrária (Pronera) do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). “A ideia é voltada para assentados da reforma agrária, como forma de pavimentar o acesso à arquitetura em todos os cantos, ao mesmo tempo que formamos trabalhadores para atuarem com outros trabalhadores”, explica.

Na mesma ideia, também foi proposta a formatação de uma política semelhante para estudantes integrantes dos movimentos de luta por moradia. “Muitos arranjos precisam ser feitos e compromissos para êxito das propostas”, reforça Andréa.

A professora do curso de Arquitetura e Urbanismo e pró-reitora de extensão da UNILA, Andréia Moassab, explica que a universidade leva a pauta muito a sério e é parceira da iniciativa. “É uma possibilidade e intenção da UNILA abraçar este projeto de educação voltada para a reforma urbana, e, como forma piloto, estamos avaliando a possibilidade de, inicialmente, abrir vagas no nosso curso regular, inseridas nas políticas afirmativas da universidade”. Do mesmo modo, o vice-reitor, Rodne Lima, compreende e apoia a iniciativa: “para UNILA, o diálogo permanente com os movimentos sociais colabora, por um lado, com a consolidação da função social da universidade pública e, por outro lado, representa inovações significativas no âmbito da educação profissional no país”.

Ao mesmo tempo, o envolvimento tanto da FNA quanto do Sindarq/PR na construção destas propostas, para a presidente, “sinaliza possibilidades de melhorar as convergências entre formação e atuação profissional, colaborando, inclusive, para consolidar e ampliar os campos de práticas”.

A reunião e o compromisso entre as entidades foram realizados no âmbito do VI Encontro Latino-Americano de Arquitetura Comunitária, ocorrido pela primeira vez no Brasil, que levou cerca de 200 profissionais e estudantes para Foz do Iguaçu, entre os dias 15 e 18 de outubro. Em 2026, a cidade de Buenos Aires receberá o encontro e, antes disso, o Rio de Janeiro, será a sede do encontro nacional, em 2025.  

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