FNA debate estratégias para fomento do Solare

Nesta sexta-feira (23/05), antecedendo as atividades da Reunião Anual do Conselho de Representantes (CR), a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) realizou uma reunião para discutir as ações do Solare (Softwares Livres para Arquitetura e Engenharia), projeto desenvolvido pela Federação, voltado ao fomento do uso de softwares livres para o desempenho da profissão.

A diretoria da FNA e equipe técnica, formada pela presidente, Andréa dos Santos, a secretária geral, Dânya Silva, o secretário de Relações de Trabalho, Mobilização e Inserção Profissional, Matheus Guerra Cotta, e os arquitetos e urbanistas Rodrigo Bertamé (RJ), Iara Beatriz Falcade Pereira (PR), Iva Carpes (MS), Paula Adelaide (BA) e Juliana Córdula (SC), reunidos com o coordenador do projeto Solare, Danilo Matoso, trataram sobre estratégias e ações para fortalecer o Solare.

Iara contou sobre a experiência de apresentar o Solare no encontro da Unila e abordou o interesse dos estudantes no projeto. “Poderíamos fazer um mapeamento de instituições que não oferecem ensino de softwares para arquitetura. Muitos alunos não têm acesso aos softwares pagos e se interessam muito pelo Solare, pois, assim, terão acesso aos programas necessários para o seu dia a dia de trabalho. Acredito que seria um campo fértil de atuação. Precisamos criar mais pontes.”

Juliana abordou a dificuldade de organizar tempo para aprender sobre softwares após o fim da faculdade e ressaltou a urgência desse ensino estar dentro das universidades. “O seu tempo após a formação é do trabalho e não tanto do aprendizado. Precisamos entrar nas universidades e difundir o uso de softwares livres desde a formação, começando da base.”

Danilo sugeriu analisar cada sindicato para avaliar o público, as necessidades e a melhor abordagem em cada estado, mobilizando os arquitetos e arquitetas. “Como FNA é importante saber envolver a comunidade, ou seja, precisamos mobilizar novas frentes para alcançar novas pessoas.”

Rodrigo Bertamé falou sobre instrumentalizar os profissionais. “Uma coisa é o dispositivo e outra é o método e o conceito. Nós trazemos dispositivos livres. Enquanto militância política, é importante falarmos sobre a sobrevivência e a necessidade de certos grupos de ferramentas abertas para a sobrevivência do seu trabalho. Temos algumas possibilidades de articulação interessantes.”

Falando sobre softwares livres no serviço público, Matheus falou sobre a possibilidade de criar uma interlocução com os Órgãos Públicos para trabalhar o uso de programas de código aberto nas instituições. Já Paula Adelaide, citando possibilidades de uso de softwares livres, abordou a questão de planejamento territorial, ambiental e, também, participativo. “Alguns softwares são simples, mas precisam ser ensinados, como o Libre Office. Desta forma, podemos ensinar a população a trabalhar em conjunto com os arquitetos para, por exemplo, alimentar os profissionais de informações necessárias para desenvolvimento de certas áreas.”


Foto: Judy Wroblewski

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