O profissional de arquitetura e urbanismo é essencial para um bom desenvolvimento urbano, cumprindo seu papel social na construção das cidades. Para isso, a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) sempre levanta o debate sobre a importância de mais concursos públicos, além do efetivo chamamento dos profissionais aprovados, podendo, assim, melhorar o corpo técnico das instituições públicas.
Um exemplo disso, é o profissional Tiago Coutinho, de 29 anos, que passou em primeiro lugar na ampla concorrência para Arquitetura e Urbanismo no último concurso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conquistando uma das duas vagas disputadas por cerca de 2.362 pessoas.
Tiago estudou em escola pública e teve o privilégio de estudar no Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp-UERJ). “Fui um pouco privilegiado, pois pude fazer o colégio de aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A somatória dessa passagem e depois a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) me deram base para conseguir atingir esse nível”, relatou o profissional.
Em sua passagem pelo CAP-UERJ, viu a profissão como uma habilidade. “Sempre foi algo que vi como possibilidade. Gostava das matérias e foi algo que acabou despertando. Não tive nenhuma referência na área, mas tive – e tenho – uma base familiar que me deu um poder de seguir esse caminho.”
O profissional seguiu seus estudos com uma base sólida, que o auxiliou a entrar na UFRJ, uma das universidades mais prestigiadas do Brasil, onde ampliou seus conhecimentos e suas ambições, sendo uma delas o desejo de proporcionar uma melhoria de vida para si.
Em 2020, ainda na graduação, descobriu as oportunidades presentes nos concursos públicos. Quando perguntado sobre o concurso BNDES, o arquiteto disse: “O que fiz foi fruto da base de estudo que tive ao decorrer desses anos.” Ele também destaca a importância de ter arquitetos e urbanistas em cargos públicos. “Quando você tem um arquiteto, alguém que é formado na área, você cria um país melhor, uma área melhor, com oportunidades diversas e mais acessíveis.”
A trajetória de Tiago é sinônimo de orgulho para a comunidade de arquitetura e urbanismo e para o ensino brasileiro, que, por meio dele, demonstra que a educação pública também é capaz de ajudar seus alunos a conquistarem seus sonhos.
Como disse o arquiteto no dia 21 de março, durante a cerimônia de lançamento do edital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai selecionar profissionais negros para criar um museu a céu aberto na Pequena África, região carioca que guarda memória da chegada de africanos escravizados ao Brasil, “Me sinto um exemplo de representatividade e motivo de orgulho e inspiração para outras pessoas”.
“Me sinto um exemplo de representatividade e motivo de orgulho e inspiração para outras pessoas”, afirmou arquiteto durante a cerimônia de lançamento do edital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai selecionar profissionais negros para criar um museu a céu aberto na Pequena África, região carioca que guarda a memória da chegada de africanos escravizados ao Brasil.
Foto: Arthur Augusto/BNDES