A plenária da reunião Ampliada da FNA aprovou a criação de um Grupo de Trabalho para debater e encaminhar uma posição da federação em relação ao processo eleitoral do CAU 2017. Foi definido que, inicialmente, a FNA fará consulta à Comissão Eleitoral do CAU sobre o limite de reeleição de conselheiros estaduais e federais. De acordo com a resposta, poderá ser encaminhado pedido de impugnação e, só em recendo nova negativa, se avaliará a judicialização da questão. Antes, porém, os sindicatos serão consultados para que a decisão seja tomada em conjunto.
O presidente da FNA, Cicero Alvarez, defendeu que as entidades dos arquitetos e urbanistas entrem em um acordo para garantir a renovação nas eleições de 2017. A proposta é evitar que conselheiros estaduais possam se candidatar para federais e vice-versa, o que comprometeria que o limite de dois mandatos estabelecido. “Só se permite renovação se você abre espaço. Se você ocupa o lugar, não se permite que outro o ocupe”, frisou Cicero. E foi além. Pontuou que a própria gestão atual da FNA não tem nenhum integrante com mais de dois mandatos.
A posição recebeu coro na fala do conselheiro da FNA Jeferson Salazar, que teme o que chama de “profissionalização de conselheiro”. Segundo ele, isso é “muito ruim” para a categoria e é preciso de medidas que evitem que o CAU transforme-se em um feudo de uso particular. “Não estou dizendo que isso acontece, mas que pode acontecer lá na frente. São dois mandatos e pronto”.
O conselheiro da FNA Ângelo Arruda apresentou aos arquitetos e urbanistas que participaram da reunião Ampliada em João Pessoa detalhes sobre o calendário da eleição, iniciado em 31 de março. Arruda lembrou que, na época da fundação do CAU, as entidades fizeram acordo para montar uma chapa de consenso para que não houvesse disputa em 2011 no momento de implantação. “Depois de seis anos, o CAU é diferente de todos os outros conselhos”, salientou, referindo-se à qualificação dos processos implantados. “Precisamos nos sentar com as entidades nacionais para deixar de lado a disputa e buscar o consenso para que a categoria continue avançando no que é fundamental avançar”.
O presidente do Sindarq/PR, Milton Gonçalves, pontuou que mais importante do que quem serão as pessoas a ocupar os cargos é a proposta a ser apresentada pelas chapas.