CUT convoca para mobilização nacional contra terceirização dia 31

Com a sanção do PL 4302, aprovado na Câmara dos Deputados, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) convocou a classe trabalhadora para uma mobilização nacional na próxima sexta-feira (31/03) com o intuito de iniciar a construção de uma greve geral. O projeto, que amplia a terceirização, foi desenterrado no Congresso Nacional pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Os defensores da terceirização dizem que essa medida facilita a contratação da mão de obra tirando o Brasil da crise. O presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas, no entanto, rebate o argumento.

 

Segundo Freitas, a aprovação da proposta é uma manobra para implementar o mais rápido possível uma alteração na lei trabalhista, diminuindo a responsabilidade do Estado e dos empresários, dando segurança jurídica para precarizar e, com isso, aumentando ainda mais os lucros. “Temer viu a reação do povo nas ruas e nas redes sociais contra a reforma da Previdência no dia 15 e sabe que vai ser difícil explicar essas mudanças nas leis trabalhistas e na aposentadoria para a população. Então, pegou um projeto fantasma, desenterrou e aprovou a toque de caixa a tercerização geral e irrestrita”, explica.

 

“O PL 4302 foi um jeito rápido de tirar direito do trabalhador, diminuir investimentos sociais do governo e das empresas”, afirma o dirigente, que lembra o risco do fim de outra garantia dos trabalhadores se a Reforma da Previdência for aprovada. “Como alguém vai se aposentar se não vai mais contribuir com o INSS? Os jovens nem vão ter a experiência de ter seus direitos garantidos”.

 

A CUT, além de ajudar a construir os grandes atos desse mês, tem feito audiências públicas, debates, seminários, ocupações nas sedes dos INSS, ido nas portas das empresas, panfleteado nos transportes públicos para denunciar a retirada de direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras impostos pelo governo. “Dia 31 será um dia nacional de mobilização e a CUT estará junto com os movimentos sociais em cada canto desse país e convida todas as trabalhadoras e trabalhadores para juntar-se a nós nessa luta. Fomos um milhão dia 15 e agora podemos ser maiores”, conclui.

 

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