Arquitetos e urbanistas defendem a democracia

Um grupo de importantes arquitetos e urbanistas está demonstrando, na internet, apoio à democracia e total repúdio à atual situação das eleições presidenciais no Brasil. Trata-se do “Arquitetxs pela Democracia”, espaço organizado para exposição de percepções pessoais, profissionais e políticas por grandes nomes da arquitetura e do urbanismo no Brasil e que pode ser acessado no link https://www.youtube.com/results?search_query=arquitetxs+pela+democracia.

Entre os participantes estão profissionais como Paulo Mendes da Rocha, Stephanie Ribeiro, Marcio Kogan, Guto Requena, Erminia Maricato, Angelo Bucci e Guilherme Wisnik. A iniciativa também tem o apoio do designer e comunicador Marcelo Rosembaum. Em vídeos rápidos, eles falam objetivamente da importância do resultado destas eleições, ressaltando que a escolha do segundo turno não se trata da opção por um dos candidatos, mas por quem é contra ou a favor da democracia, dos direitos humanos, da apologia à violência.

O premiado Paulo Mendes da Rocha, no auge dos seus 90 anos, atentou para o papel decisivo das eleições na construção do futuro das próximas gerações. “O que deve ser objeto das nossas preocupações são os tempos futuros. A graça da eleição é depois dela. Você tem que imaginar o país para sempre” diz. Raquel Rolnick afirma que as eleições não colocam em jogo quem é contra e quem é a favor do Partido dos Trabalhadores (PT). “O que está em jogo é a possibilidade do crescimento da democracia no país em nome da arquitetura e urbanismo para que possamos vencer os enormes desafios que ainda temos”.

A arquiteta Stephanie Ribeiro ressalta o discurso de violência disseminado neste período como motivador para que as pessoas adotem uma posição contrária ao fascismo. Ermínia Maricato considera inaceitável a defesa da violência, do racismo, da agressão às mulheres, aos homossexuais. Guto Requena alerta para apologia ao ódio em recente vida política de um dos candidatos. “Este é o grande perigo que corremos em ter um governo autoritário. Sou filho da violência. Meu pai morreu com quatro tiros na cabeça, mas não podemos empoderar esse discurso”.

Guilherme Wisnik lembra que a cidade é um espaço público, lugar da democracia e onde as diferenças acontecem. Angelo Bucci reage contrariamente ao fomento do medo e à congregação do ócio como pedra fundamental para a construção do fim do mundo. Marcelo Rosembaum fala sobre seu trabalho junto às comunidades e sobre a importância do foco em educação.

 

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